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18.7.09

Sobral. A cena se repetiu. O agricultor Deusdete Braga do Nascimento, 64 anos, residente no distrito de Taperuaba, desceu a sepultura mais uma vez. O caixão com o corpo dele desceu a cova escavada no quintal da residência de um dos irmãos, que tinha seis palmos e meio de profundidade, às 11hs de ontem, sob os olhares de curiosos, onde permaneceu enterrado por uma hora. Antes, o corpo de Deusdete foi velado na pequena sala do casebre, onde ele preparou o ritual. Lá, recebeu a família, amigos, curiosos e fiéis incondicionais de sua missão na Terra: “salvar a humanidade no dia do Juízo Final”.O enterro, segundo Deusdete, é “uma ordem de Deus que veio em sonho”. Ele assegura que caso o seu corpo não resista após uma hora sob a terra o mundo acabará. Ainda não foi desta vez. Ele retornou vivo.Tudo, segundo o agricultor, começou por volta de 1953, quando tinha 12 anos. Ele foi com os pais para uma missa na Igreja de São Francisco, em Canindé. Sua mãe teria ordenado para que ele se confessasse e depois recebesse a hóstia sagrada. “Eu menti para minha mãe, disse que tinha me confessado e ela me obrigou e se comungar. Desde daquela hora eu não tive mais alegria”.De volta para casa se arrependeu, e pensou em contar para sua mãe e pedir perdão ao padre que lhe deu a hóstia, mas, uma sombra que o acompanhava disse que não fizesse isso. “Carreguei meu arrependimento até completar 28 anos. Foi nesse tempo que, uma voz me apareceu na localidade de Vertente, Santa Quitéria, dizendo que eu estava perdoado e que eu deveria voltar à Igreja e se comungar. Pedi ao meu pai que me levasse a Canindé, mas ele se recusou”. “Veio uma ordem de Deus em sonho, que se eu quisesse a salvação da humanidade deveria descer à sepultura com vida”, contou. De lá para cá já cumpriu o ritual pelo menos umas cinco vezes. “Espero que essa seja a última vez”, disse, acreditando ter recebido a capacidade de viver eternamente.A notícia de que Deusdete estava se preparando para a morte se espalhou no lugar onde mora em 1998, quando ele começou a fabricar o caixão que mais tarde o levaria novamente à sepultura. “Como o caixão que ele iria usar era muito artesanal, com a ajuda dos ouvintes comprei um caixão mais moderno e dei-lhe de presente”, contou o radialista Jair Kovalick. O caixão doado foi usado pelo agricultor no dia 31 de dezembro de 1999. Antes já havia sido enterrado pelo menos umas quatro vezes.



Rádio Tabajara
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17.7.09

A ciência e os cientistas têm um objetivo único: desnortear-nos a todos. A ciência continua sem conseguir explicar o que é e como funciona a aspirina. Soltem um cientista num laboratório bem provido e ele conseguirá seu objetivo. Que é aparecer com uma novidade todos os dias nas primeiras páginas dos jornais.
A ciência e os cientistas começaram a nos atormentar com o ovo. Para eles, nunca houve o dilema de quem nasceu primeiro, se a galinha ou o ovo. Se estou bem lembrado - e estou, já que a ciência me recomendou cenouras para a memória - minha primeira perplexidade diante do mundo que eu julgava explicável à luz e aos holofotes dos ilustríssimos senhores cientistas deu-se com o ovo.
O ovo, em minha infância e primeiros anos de juventude, era a melhor coisa do mundo para a saúde. Segundo a ciência, que todos julgavam incapaz de errar ou, como um mau goleiro, engolir um frango. Ou, no caso, uma galinha de bom tamanho. Passam-se alguns anos e o ovo é a pior coisa do mundo para a humanidade. Ovo mata, praticamente, diziam os cientistas. Os assustadores cientistas.
O mesmo deu-se com a manteiga. No frigir dos ovos, tudo que era bom para nós virou péssimo e tudo que era péssimo virou ótimo. A tentativa de um patético jogo de palavras com ovos e frituras é uma prova viva de como me alimentei, ou fui alimentado, de forma cientificamente incorreta.
Desde a bomba atômica, parece que a ciência e seus sacerdotes, os cientistas, parece que se embrenharam em furiosa rixa de relações públicas. Fazem moita, evitam espaços midiáticos, quando bolam novas armas, novas formas de matar mais e mais rápido. Agora, dêem uma verba decente para uma proveta - esse seu substantivo coletivo - de cientistas e daí então sáiam da frente. Vem besteira que não acaba mais.
Apenas nas primeiras semanas de julho, a ciência nos deu, que eu me lembre, as seguintes novidades: a masturbação múltipla e diária em todas as idades faz um bem extraordinário à constituição física e psicológica da humanidade. Falar muito palavrão em voz bem alta é a última palavra, se não no convívio social, com toda certeza na intimidade do bem-estar físico e mental do desbocado.
Outras configurações científicas com o mesmo teor de patetice. A mais recente com a missão especifica de estragar as férias de todo mundo. Principalmente dos branquelas aqui do hemisfério norte à beira de se despencarem nas férias de verão. Lá estava na primeira página do The Sunday Times, em 8 colunas, com ilustração (moça portando surfboard na cabeça, como uma baiana) a cores, uma manchete que, resumindo, dizia que eram exageradas as afirmações de que o sol era nocivo à saúde das pessoas. Mais: a ciência tinha novas pistas para o câncer de pele.
Muita gente jogou fora seu creme de proteção, de fatores 4 a 16, e, munida de recorte, mandou-se para as terras de muita praia e sol rolando adoidado. Todo mundo sentadão na areia, ou na piscina, olhando de cara, ou cara com óculos escuros, o imbecil do sol que passara a perna em todo mundo esses anos todos. Eu digo óculos escuros por que a ciência ainda não liberou para todos os territórios a desnecessidade de óculos escuros no encarar o sol. Questão de tempo apenas.

BBC Brasil


O Globo On Line
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15.7.09

SÃO PAULO -Sapato com lixa de unhas no salto, sandália com abridor de garrafas no solado para os homens e até uma bolsa de sacos de cimento. As novidades da Francal 2009, feira de calçados e acessórios, mostram preocupação com praticidade e o meio ambiente. São mais de mil expositores no evento para lojistas.
Preocupada com a vaidade feminina, a Piccadilly lança um sapato de bico fino com uma lixa de unhas na parte interna do salto. O preço ao consumidor deve ser de R$ 80. Já a bolsa feita com sacos de cimento do estilista Rogerio Lima sai por R$ 800.
Já a Francajel dirigiu suas pesquisas para os homens. A sandália de couro Open Up, com abridor de garrafa, deve custar R$ 130. E o calor nos pés com o verão poderá ser amenizado com o sapato com ventilador na sola, movido a pilha.
Para os pequenos, a tradicional Ortopé volta ao mercado, depois de 15 anos, com o calçado Stika e Puxa. Com preço de R$ 25, o sapatinho é regulado de acordo com o crescimento do pé do bebê. Um mesmo par serve para os tamanhos de 14 a 19.
Exportações desabam 27%
Terceiro maior produtor de calçados do mundo, o Brasil perde com a crise global. Apenas nos primeiros cinco meses do ano, o volume de exportações caiu 27,3%. Por causa da forte retração no último trimestre de 2008, as indústrias cortaram 42 mil dos 330 mil trabalhadores diretos do setor.
Além disso, as importações cresceram 4,5%, resultado da invasão dos sapatos chineses.
- Este ano está complicado. Muitas empresas concedem férias coletivas, num esforço para tentar evitar novas demissões - disse Milton Cardoso, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
Com a recuperação do mercado interno, o frio e o Natal, o setor espera crescer neste segundo semestre. A Piccadilly, por exemplo, aposta em 15% a mais. De acordo com a associação do varejo, a Ablac, as vendas cresceram 9% no mês passado.



O Globo On Line
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10.7.09

Surgiu um vídeo, divulgado pelo canal TMZ que põe em dúvida para onde o presidente Barack Obama estava olhando na hora em que a moça brasileira passou. Não percam (clique aqui)! Segundo as imagens, Obama na verdade estaria virando para a direita, para auxiliar uma outra mulher a descer o degrau.
O vídeo não me convenceu. Cá pra nós, se você observar bem, dá pra ver que ele aproveita a viradinha para espiar a brasileira. E vejam a cara do Sarkozy, esse então, não tem desculpa.


Blog do Rodrigo Lopes
Zero Hora
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9.7.09

A gravidez da inglesa Caroline Barnes vai muito bem! Tanto é verdade que o bebê de 6 meses fez o "sinal da vitória" no útero da mãe. A imagem da ultra-sonografia surpreendeu médicos de Londres. "A enfermeira não conseguiu parar de rir. O bebê ficou desse jeito o exame inteiro", contou Caroline, de 35 anos.
Seria uma mensagem de paz e amor para o planeta? Apenas um bebê superdotado? Ou um acidente?
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link do postPor anjoseguerreiros, às 20:43  comentar

8.7.09
Os povos de Papua Nova Guiné usam arco e flecha nas guerras entre clãs, cozinham porcos em buracos e se vestem com plumas e folhagens. Aqui, um pedaço de sua história

Cinco homens fortes carregam um pesado porco que esperneia. Eles usam apenas tapa-sexo de palha. Sua cabeça está ornada com plantas e penas de pássaros. São os membros mais importantes da comunidade e têm uma missão respeitada por todos: transformar o animal na peça principal do banquete comunitário, o mumu. O líder mais robusto – uma massa de músculos produzida pela vida árdua do campo – segura uma borduna de madeira que ele mesmo esculpiu. Os outros quatro homens, curvados, agarram o suíno com suas mãos largas. O braço levanta e a pancada no crânio é seca e certeira. O porco desmaia imediatamente. A cena é desagradável e prefiro assistir ao drama através da lente fotográfica. Os golpes seguintes são truculentos. Um esmaga o focinho e o sangue jorra em todas as direções. Calça, camisa e câmera não são poupadas.


UM PAÍS DE MEIA ILHA
Acima da Austrália, a Ilha da Nova Guiné é a segunda maior do mundo. A oeste fica a província Papua, da Indonésia. No leste fica um país independente, a Papua Nova Guiné

Sinto um nó no estômago.
Segundo os conceitos ocidentais, esse modo de matar um porco é cruel, um ato de barbarismo. Para os habitantes das montanhas e vales centrais de Papua Nova Guiné (PNG), é um rito tradicional de reunião da comunidade para uma refeição coletiva. Nessa região remota do país, não existem geladeiras e raros são os vilarejos com energia elétrica. Quando um porco é abatido, a carne precisa ser consumida logo. Como um animal alimenta de 20 a 30 pessoas, a cada sacrifício várias famílias ingerem a fonte de proteínas. O porco foi domesticado pelos habitantes locais há alguns milhares de anos. Ele ainda possui feições de porco selvagem e, quando adulto, duas enormes presas. Nas montanhas, é o animal de maior valor. O número de porcos de uma família denota seu status, e o chefe da comunidade dono de algumas dezenas de animais será mais respeitado. O porco também significa liquidez econômica: existe um intenso movimento de compra, venda e troca.
O mumu é uma marca registrada dos povos das montanhas. As ocasiões mais importantes são sempre celebradas com a refeição comunitária. Acontece para festejar a independência, um aniversário, até mesmo um funeral. Ou a inauguração de uma escola ou de uma estrada. Um bom banquete conta com dezenas de porcos.
Enquanto os líderes da comunidade estão ocupados limpando e cortando o porco abatido, as mulheres sentam-se no chão para preparar tubérculos e vegetais. Usam pedaços de bambu, afiados como facas, para descascar os alimentos. Ninguém fica de braços cruzados. Outros homens cavam um buraco, de meio metro de profundidade. Geralmente o buraco já existe, mas é preciso limpá-lo e acertar as beiradas. O que é particular no mumu é a maneira como os ingredientes são cozidos: dentro da terra.
Por cima do buraco quadrado que servirá de forno subterrâneo, dois jovens deitam longos pedaços de lenha, lado a lado, como se estivessem preparando um estrado. Quando o fogo começa a arder, um monte de pedras roliças é depositado sobre as madeiras.

Agora entendo o segredo do mumu. São as pedras que vão manter o calor constante e cozinhar tudo o que for colocado dentro da cavidade. Em 20 minutos, toda a madeira é consumida pelo fogo e se transforma em carvão.
As pedras, que estavam em cima da madeira, caem no fundo do buraco. Sobre elas e o carvão são espalhadas várias camadas de folhas de bananeira.
As mulheres aparecem com cestos de bananas verdes descascadas e depositam o conteúdo na pequena cratera.
Outros cestos – desta vez, de kau-kau (batata-doce) – também são despejados. Os flancos dos porcos cortados entram no arranjo. Pelo menos 20 homens trabalham e todos parecem saber exatamente o que deve ser feito.
Mais bananas, mais kau-kaus e mais folhas verdes – e o buraco está cheio de alimentos. No final, entram as cabeças dos porcos. Somente os focinhos aparecem, rodeados de verduras. O pacote final é recoberto com mais pedras e uma camada final de terra. Nenhuma fumacinha sai do forno: todo o vapor está preso nessa enorme panela de pressão. Em três horas, o banquete será servido.

A agricultura foi desenvolvida nos vales centrais há 9 mil anos. Os papuásios domesticaram várias espécies de plantas nativas
Durante o mumu, converso com Anthony Hetaya, um dos líderes do clã Yugu de Lakawanda. O assunto é guerra tribal. “Os conflitos entre clãs têm três razões: roubo de terra, de mulher ou de porco. Usamos apenas nossas armas tradicionais”, afirma. A última batalha de sua comunidade foi contra o clã Lai, na década de 80. “Perdemos. Morreram dois membros de nosso clã. Tivemos de pagar uma compensação de 175 porcos vivos.” Embora ainda haja muitos confrontos na região – a polícia e o Exército preferem não se meter –, os Yugus estão convencidos de que não vale a pena entrar em uma batalha. “Numa guerra, não dormimos nem comemos direito, as mulheres e as crianças sofrem e não temos liberdade de movimento. Quando perdemos, as compensações são altas”, diz Hetaya.
A PREPARAÇÃO DO BANQUETE
O alimento mais cultivado no país é a batata-doce (à esq.). O porco selvagem, cortado (ao centro), vai para o forno cavado na terra (à dir.), junto com bananas e tubérculos
O número de idiomas na região ajuda a entender a quantidade de confrontos: são 820. Com apenas 6 milhões de habitantes em uma área menor que o Estado da Bahia, PNG é o país de maior diversidade linguística do mundo. Basta atravessar um vale ou uma montanha para encontrar outra língua e outro grupo étnico. As diferenças entre povos tão próximos trouxeram discórdias.
A lenda de guerra tribal mais insólita é a dos homens de barro. Os guerreiros de uma tribo das montanhas de Goroka invadiram as terras de outra etnia. Atearam fogo nas casas de palha, mataram os homens e raptaram as mulheres mais jovens. Os sobreviventes fugiram, mergulhando nas águas lamacentas do Rio Asaro. Quando se reagruparam, notaram que seus corpos tinham uma coloração esbranquiçada: o barro da água do rio havia secado. Esse tom fantasmagórico inspirou o pequeno grupo a conceber um contra-ataque, aproveitando o medo dos maus espíritos. Usando uma estrutura de gravetos para criar enormes cabeças, eles moldaram, com a lama do rio, terríveis caras de fantasmas. As máscaras tinham bocas deformadas, orelhas imensas e narizes como se fossem focinhos de porco. Untaram todo o corpo com barro e usaram, como prolongação dos dedos, compridos pedaços de bambus.
À noite, os sobreviventes, camuflados como assombrações, chegaram ao vilarejo inimigo. O grupo golpeou violentamente seus dedos de bambus uns contra os outros. O barulho aterrorizante fez com que a tribo acordasse e desse de cara com os fantasmas. Apavorados, todos fugiram. O episódio de bravura e astúcia passou a ser um símbolo de PNG, e os homens de barro tornaram-se heróis nacionais.
Encontro os homens de barro em um festival cultural, o sing-sing de Monte Hagen. Mesmo iluminados por um forte sol de meio-dia, as figuras são horripilantes. Principalmente quando ameaçam nativos e estrangeiros com suas longas unhas de bambus. Mas, graças à imensa variedade de danças e trajes, meus olhos são atraídos por outras figuras menos assustadoras.
Os sing-sings aconteciam apenas em vilarejos isolados. A partir dos anos 50, o festival passou a servir como um exercício de integração nacional. Em vez de as tribos se encontrar para resolver diferenças de fronteiras agrícolas e entrar em confronto, o sing-sing pretendeu ser uma “batalha cultural”. O grupo que estivesse mais decorado e fizesse a melhor apresentação ganharia um prêmio. Como a guerra tribal continuava na memória genética, as primeiras competições acabaram gerando agitação. Os que não haviam sido premiados, inconformados com a decisão do júri, passavam ao confronto.

Conclusão: hoje, os sing-sings não oferecem mais prêmios.

Os sing-sing de Monte Hagen reúne mais de 2 mil protagonistas, todos orgulhosos de mostrar suas danças, pinturas corporais e arte plumária. Homens e mulheres da costa, da floresta e das montanhas exibem o rosto multicolorido. Sobre a cabeça, um delírio ornitológico, com plumas de aves-do- -paraíso ou papagaios endêmicos. Minha preocupação conservacionista aumenta à medida que descubro novos arranjos de plumas na cabeça dos dançarinos. Começo a questionar se, para cada festival, é necessário um massacre de pássaros raros. Sou tranquilizado por Pym Mamindi, um profundo conhecedor de sing-sings. “Essas plumas têm mais idade que os próprios dançarinos. Elas passam de geração a geração e são guardadas com muito cuidado. Hoje seria dificílimo caçar essas aves.”

Nos sing-sings, milhares de pessoas realizam alucinantes danças guerreiras. O mais famoso festival é o de Monte Hagen
Os homens, com afiadas lanças nas mãos, parecem guerreiros prontos para a batalha. As mulheres, quase todas de torso nu, exibem o corpo moreno, untado de óleo para se proteger do sol. O espetáculo é extasiante. Durante dois dias, o ritmo dos tambores mantém a efervescência do festival. É uma ode à diversidade cultural. Nos últimos 10 mil anos, a vida dos habitantes de Papua Nova Guiné dependeu dessa relação íntima com a natureza. Na hora de festejar, eles são coerentes com a força que eles mais respeitam e voltam a ser, mesmo que por poucas horas, homens pássaros e mulheres plantas. Mas o mundo moderno, junto com o sinal do celular, chega a passos rápidos. As pinturas faciais de hoje já não são naturais, mas com tinta a óleo. As lanças e os machados usados até agora nas disputas corpo a corpo podem ser, em breve, substituídos por pistolas e espingardas. Cresce o número de desocupados em cidades como Monte Hagen, junto com os índices de violência. O mumu será capaz de resistir à chegada do supermercado? O sing-sing resistirá à TV? Tenho a incômoda sensação de que posso ter assistido ao epílogo dessas culturas.

O ESPETÁCULO
Um grupo de guerreiros de Monte Hagen, caracterizado por sua pintura facial negra, branca, amarela e vermelha, canta vigorosamente ao som dos kundus, o tamborete típico. Jovens mulheres, também ornadas com as cores de Monte Hagen, saltam com energia, seguindo o ritmo inebriante dos cantos. O festival ocorre desde os anos 1950

Haroldo Castro
de Papua Nova Guiné
Época
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7.7.09

Nova Zelândia - Vários outdoors na região de Papakura, ao sul de Auckland, maior cidade da Nova Zelândia, têm chamado a atenção de quem usa as estradas da localidade. A campnha publicitária usa como alerta a motoristas o rosto de um menino que começa a "sangrar" cada vez que chove, ilustrando os perigos de ignorar estradas molhadas
Segundo a BBC Brasil, os outdoors possuem sensores que jorram um líquido vermelho logo que começa a chover. Assim que o sol volta, o cartaz volta ao normal.A propaganda avisa aos motoristas: "Chuva muda tudo. Por favor dirija de acordo com as condições climáticas". Apesar de chocante, o Conselho do Distrito de Paparuka diz que a campanha surtiu efeito.
Com informações de agências internacionais
O DIA ONLINE
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Fareeda faz parte de um raro grupo de animais. É que essa filhote de tigre-de-bengala, que tem apenas seis meses, nasceu sem as típicas listras pretas que caracterizam a espécie – e especialistas acreditam que existam apenas 20 animais como ela no mundo, todos vivendo em cativeiro. Ela tem apenas listras bem claras no rabo. Os pais de Fareeda também não possuem as marcas no corpo, mas os demais irmãos da pequena felina branca nasceram com a pigmentação normal.
A tigresa está sendo criada por profissionais de um projeto que tem como objetivo proteger os tigres-de-bengala brancos, próximo à Cidado do Cabo, na África do Sul, chamada Cango Wildlife Ranch. Segundo Odette Claassen, que faz parte do projeto, os pesquisadores tiveram que esperam seis meses para ter certeza de que Fareeda não teria mesmo as listras. “Há filhotes que desenvolvem as marcas ao longo dos primeiros meses de vida, mas está claro que ela não as terá”, diz.
A maioria dos tigres-de-bengala brancos é criada nos Estados Unidos. Fareeda é a primeira deste raro grupo a nascer na África. “Esses animais não são albinos. Eles têm belos olhos azuis, diferente dos albinos, que têm olhos avermelhados”, diz Odette.
Os tigres-de-bengala são nativos de países como Índia, Butão e Nepal, na Ásia. Atualmente, é uma das espécies que mais está ameaçada de extinção entre os felinos no mundo.

Mariana

Blog Globo Rural
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6.7.09

Um grupo de cerca de cem homossexuais espanhóis anunciou a criação da primeira comunidade religiosa para gays, lésbicas, bissexuais e transexuais – a Primeira Igreja Protestante Inclusiva.

O grupo se define como “uma organização evangélica que não pretende discriminar ninguém por opção sexual ou credo” e pretende formar pastores, oferecer cultos e casar homossexuais, inclusive ateus.
Os criadores da igreja afirmaram que já têm preparados os estatutos da nova instituição e pedirão, ainda esta semana, a inscrição na Direção Geral de Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça da Espanha.
Este pedido pode iniciar uma disputa legal com a Federação Espanhola de Igrejas Evangélicas, organização que reúne as 2,3 mil organizações que professam esta religião no país.
“A princípio não damos crédito a essa notícia. Eles primeiro têm que demonstrar que realizam atividades religiosas e aí veremos se o Ministério de Justiça admite ou não o pedido”. “
“Se forem aceitos e usarem o nome Evangélico, protestaremos com medidas legais, porque seria um uso indevido”, disse à BBC Brasil o diretor da Federação Espanhola de Igrejas Evangélicas, Jorge Fernández.

Casamento gay
A Federação Evangélica anunciou em 2005 a sua oposição ao casamento entre homossexuais, aprovado neste ano na Constituição espanhola.
A Conferência Episcopal da Espanha também foi contra a aprovação do casamento entre homossexuais e critica a nova igreja gay.
“Para começar, não sei como dizem que formarão novos sacerdotes, porque os evangélicoss não possuem ordem sacerdotal, mas um pastor que dirige a oração”, disse à BBC Brasil o responsável pelo grupo de ecumenismo da Conferência Episcopal, Vicente Sastre.
“É certo que algumas comunidades anglicanas americanas ordenaram sacerdotes homossexuais, mas houve tanto conflito e polêmica que estes grupos estão a ponto da ruptura. Em todo caso, a igreja católica tem uma postura clara sobre este assunto baseada no Novo Testamento”.
Apesar das críticas, o Grupo Gay Evangélico da Espanha pretende insistir com a nova igreja.
“Seremos a mais democrática das igrejas. Não é um projeto mediático, mas necessário, porque 99% das igrejas evangélicas espanholas nos impedem de receber os sacramentos e muitas delas nem nos deixam entrar”, afirmou à BBC Brasil o porta-voz do grupo, Andrés de la Portilla.

Reuniões secretas

“Além disso, essa nova instituição ajudaria a acabar com muitas mentiras e hipocrisias, principalmente dentro de ambientes religiosos”, completou.
Segundo o porta-voz, o Grupo Gay Evangélico existe há 20 anos, mas ainda há muitas ameaças e represálias “tanto de setores eclesiásticos como laicos”.
Por isso as reuniões sempre são secretas, e o endereço definitivo da nova igreja só será anunciado quando as medidas legais e de segurança estiverem garantidas.
O que está confirmado é que a igreja ficará sediada na cidade valenciana de Sagunto, no litoral mediterrâneo, por sua localização estratégica, próxima a lugares frequentados abertamente por gays como Ibiza e Barcelona.


BBC Brasil
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2.7.09
SÃO PAULO e MANAUS - O nascimento de trigêmeos na aldeia ianomâmi de Ariabú, em Maturacá, no Amazonas, em meados de junho, foi motivo de apreensão entre os profissionais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsáveis pela saúde dos índios da região. Crianças gêmeas concebidas por índias dessa etnia costumam ser vistas como fonte de azar para a aldeia, de acordo com a tradição ianomâmi. Para eles, os gêmeos têm a 'alma partida', e representam o bem e o mal. Como não dá para saber qual criança representa o mal, ambas são sacrificadas por abandono, sufocamento ou envenenamento. Bebês com deficiência física têm o mesmo destino. As mulheres ianomâmi são encarregadas do trabalho pesado, e não podem cuidar dos crianças com algum tipo de deficiência.
No caso dos trigêmeos, o desfecho foi diferente. Na aldeia de Ariabú, o tabu do sacrifício de crianças de 'alma partida' parece ter sido quebrado. O próprio pai insistiu em ficar com os bebês. E toda a comunidade já se dispôs a ajudar o casal na criação das meninas, que foram concebidas naturalmente, e nasceram de cesariana no Hospital de Guarnição, em São Gabriel da Cachoeira. Os bebês e a mãe, a índia Danila, agora estão na Casa de Saúde do Índio em Santa Izabel do Rio Negro e a alta deve ocorrer em duas ou três semanas. Além da ajuda da comunidade, a Funasa também vai mandar uma técnica em enfermagem para a aldeia.

- Se as meninas tivessem nascido entre os ianomâmi de Roraima, por exemplo, dificilmente teríamos conseguido atendê-las. Lá as tradições são preservadas. Mas as tribos do Amazonas são diferentes. A mãe das trigêmeas, Danila, até rejeitou uma menina que estava mais fraquinha, mas o pai insistiu que queria a criança e todas estão sendo bem cuidadas. As crianças vão para a aldeia assim que ganharem um pouco mais de peso - explicou Joana Claudete Schuertz, da Funasa de Roraima, responsável pelos índios ianomâmi da Amazônia.
Segundo a funcionária da Funasa, a mãe tem outros sete filhos.
- Certamente ela vai precisar de ajuda e vamos acompanhar de perto. Mas o pai e o restante da família se comprometeram a ajudar - diz Joana, que afirmou ser o primeiro caso de trigêmeos que ela conhece entre os ianomâmi.
Joana diz ainda que as crianças estão bem e receberam muitas doações de fraldas e roupas.
- Foi muita sorte. Se tivessem nascido em outra tribo, elas talvez não tivessem chance - diz Joana, referindo-se ao tabu ianomâmi.
Casos como o da aldeia Ariabú, em que toda a comunidade rompe com tradições milenares, são ainda uma exceção entre os ianomâmi. Não há dados precisos sobre infanticídio entre tribos brasileiras, mas sabe-se que a maioria dos casos de morte de crianças com menos de um ano entre os ianomâmi acontece por esse motivo.
Em algumas tribos, os pais decidem enfrentar todo o grupo para quebrar o tabu e salvar os filhos, já que o sacrifício de crianças acaba provocando depressão no casal e, no limite, até casos de suicídio. Em março, uma menina ianomâmi da Amazônia, de um ano , vítima de hidrocefalia, também foi motivo de polêmica entre médicos e a Fundação Nacional do Índio (Funai). A criança foi internada com tuberculose e pneumonia, além da hidrocefalia, e foi mantida internada no hospital contra a vontade da família.
Os pais e a Funai pediam que o bebê fosse levado de volta à aldeia, apesar do risco de ela não resistir sem tratamento adequado. Segundo os pais, ela deveria ser tratada pela medicina indígena. Havia ainda o medo de a menina ser sacrificada por conta do problema. A Funai recorreu à Justiça, assegurando que ela não seria sacrificada e afirmando que os direitos dos índios estava sendo desrespeitados.
A Justiça negou a volta à aldeia, mas determinou que a criança fosse transferida para uma unidade de Saúde mais próxima da tribo. Desde abril, ela também está na Casa de Saúde do Índio de Santa Izabel do Rio Negro. Apesar de ter uma saúde frágil, a criança tem todo o acompanhamento médico necessário e a família está por perto na Casa de Saúde. Foi outro final feliz.



O Globo On Line
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colaboradores: carmen e maria celia

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