Cerca de 300 crianças e adolescentes autistas que fazem tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo estão participando de uma terapia experimental com cães. O projeto é realizado pelo Instituto em parceria com a organização não-governamental Instituto de Ações e Terapias Assistidas por Cães (ONG Inataa). O objetivo da terapia é estimular e facilitar o relacionamento e a comunicação dos autistas com as pessoas em geral, com a família e com os cuidadores. De acordo com o psiquiatra e coordenador do Projeto de Autismo do Instituto, Estevão Vadasz, a terapia é dividida em três fases. Na primeira, as crianças são expostas aos cães e os médicos observam suas reações, para avaliar se elas se beneficiariam ou não com a terapia. “Se a criança tiver muito medo do cão, por exemplo, não adianta continuarmos o tratamento, pois teríamos outro trabalho para fazê-la superar o medo do cão”, diz. A segunda fase é a terapia propriamente dita, que envolve a criança, o cão e o terapeuta, realizada no próprio hospital. Depois desse período e, dependendo da evolução do caso, a criança poderá levar um cão treinado para casa para ser seu companheiro.”Assim como os cegos têm um cão para guiá-los, os autistas terão um cão treinado para lhes fazer companhia”, ressalta. O autismo atinge cerca de um milhão de pessoas no Brasil e é um transtorno que provoca um distúrbio comportamental. Os principais sintomas apresentados são problemas de comunicação e linguagem, dificuldades de socialização e comportamentos repetitivos.
[Folha de S. Paulo (SP), Fernanda Bassette – 02/04/2009]
[Folha de S. Paulo (SP), Fernanda Bassette – 02/04/2009]
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