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12.2.09
Cientistas desenvolvem telas flexíveis para aparelhos eletrônicos. Faltam poucos anos para que elas cheguem ao mercado

Você enfia a mão no bolso e dele tira um pedaço de plástico dobrado. Ele se acende. Você pressiona uma das bordas e estica o material até que fique como uma tela. Começam a surgir as imagens de uma transmissão de TV, de um jornal ou mesmo desta edição de ÉPOCA. Depois, você enrola o aparelho, como um canudo de papel, e guarda no bolso. Hoje, essa tecnologia ainda não está no mercado. Mas é um consenso entre os pesquisadores que o futuro da transmissão de informações pertence às telas maleáveis.
Durante a CES em Las Vegas, a principal feira mundial de novidades eletrônicas, em janeiro, a Sony apresentou um projeto de laptop com uma tela flexível. Ela cumpria o papel de teclado e monitor – sem dobradiça – e podia ser aberta, como uma revista, duplicando a área do monitor. O modelo não passava de um brinquedo de plástico, mas deu uma ideia do que eles sonham fazer. A Sony também mostrou um bracelete revestido, que funcionaria como reprodutor de vídeo e áudio. Já imaginou assistir a um filme no pulso?
A principal ideia em projeto é o papel eletrônico, feito com telas tão finas quanto folhas de sulfite. Espera-se que ele possa substituir livros, revistas e jornais, dando a impressão de uma folha de papel comum. Ele poderia ser enrolado e guardado no bolso, como plástico.
As telas flexíveis também têm uso militar, o ambiente em que, tradicionalmente, as novas tecnologias são testadas antes da produção comercial em larga escala. As telas poderiam ser fixadas na farda de combate, nos braços e nos pulsos dos soldados, ou usadas em relógios. Além de substituir equipamentos pesados e difíceis de carregar, permitiriam a transmissão de informações críticas, como instruções, mapas e fotos, nos campos de batalha. Desde 2004, o Exército americano já doou US$ 100 milhões ao Flexible Display Center, da Universidade do Estado do Arizona, principal centro de pesquisas sobre telas flexíveis dos Estados Unidos, que desenvolveu o Soldier Flex PDA, um computador de bolso com visor flexível que os soldados começaram a usar em 2007. O peso do aparelho diminuiu com a nova tela. A tecnologia também reduziu o consumo de energia.
As expectativas em torno da produção de telas flexíveis têm levado empresas e universidades a pesquisar novos materiais. Em janeiro, um grupo de cientistas da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, descreveu um método alternativo e mais versátil de produzir filmes com base em um novo material derivado do carbono, o grafeno. Graças a sua estrutura, ele é um dos materiais mais resistentes entre os já produzidos. Especula-se que o grafeno possa até substituir o silício na fabricação de chips de computador e outros produtos eletrônicos. Ele representa um avanço, porque suas folhas são finas e podem ser dobradas sem que haja qualquer dano. Elas também conduzem eletricidade. Até a descoberta dos coreanos, era possível produzir grafeno apenas em tamanhos menores que a espessura de um fio de cabelo. Agora, os pesquisadores trabalham na escala de alguns centímetros.


link do postPor anjoseguerreiros, às 14:45  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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