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11.1.09
SÃO PAULO - O Ministério Público estadual e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) apuram denúncias de abuso sexual contra o médico Roger Abdelmassih, um dos pioneiros da fertilização in vitro no Brasil. O Cremesp informou que uma sindicância será aberta na segunda-feira, e que o órgão pedirá à Delegacia da Mulher e ao Ministério Público estadual o inquérito contra o médico. Pelo menos oito pacientes, todas entre 30 e 40 anos, denunciam Abdelmassih por abuso sexual durante as consultas, inclusive enquanto estariam sedadas para os procedimentos. O Cremesp, porém, não informa se já havia recebido outras denúncias contra o médico, alegando sigilo profissional.
O promotor Luiz Henrique Dal Poz disse que recebeu nesta sexta-feira uma nova denúncia contra Abdelmassih, que nega as acusações.
Em nota enviada por sua assessoria, o médico informou que seu advogado ainda não teve acesso integral ao inquérito, que ainda não está concluído. Segundo o médico, nem ele, nem as testemunhas foram ouvidas até agora.
- Não posso, portanto, prestar esclarecimentos sobre depoimentos de denunciantes por mim desconhecidos, de caráter notoriamente duvidoso, que sem provas cabais fazem depoimentos criminosos com o intuito de denegrir minha imagem profissional, construída ao longo de uma carreira de mais de 40 anos, muito bem sucedida - afirma o médico na nota.
E continua:
- Confio nos trâmites da Justiça e tenho a certeza de que estará nela a minha resposta. Minha família, meus amigos, meus 20 mil clientes estão nessa certeza comigo - diz o médico.
O advogado do médico Adriano Sales Vanni disse que há dois anos Roger Abdelmassih sofre acusações como esta, o que teria provocado, inclusive, problemas de saúde nele. Além disso, a defesa abriu dois inquéritos para apurar quem são os autores de uma página na internet que traz depoimentos de supostas vítimas. O advogado também afirma que nenhuma das supostas vítimas se apresentou à polícia ou ao Ministério Público em um prazo de seis meses depois do que teria acontecido, como exige a lei. Adriano disse que acha estranho o fato de muitos dos casais denunciantes continuarem o tratamento com Roger, mesmo com os supostos abusos sexuais. Para o advogado, isso desqualifica as denúncias.
- Todas essas pessoas que depõem no inquérito, que eu não tenho o nome, retornaram à clínica para continuar o tratamento após os supostos abusos. Ora, eu acho muito estranho porque se a minha esposa sofre um abuso eu jamais volto naquele local com ela. E veja bem, estamos falando de pessoas de nível alto, de classe A, classe B, gente que tem dinheiro porque esse tratamento é caro. Não estamos falando de gente da periferia que quer esconder a sua cara, que não conhece a lei e não tem alcance para chegar à Justiça - disse. Médico foi convocado duas vezes para depor, mas não compareceu
Segundo o promotor Dal Poz, Abdelmassih deve ser enquadrado no crime de atentado violento ao pudor, que prevê penas de seis a dez anos de prisão em caso de condenação. Ainda de acordo com o promotor, Abdelmassih foi convocado duas vezes para depor. Na primeira vez, pediu novo prazo. Depois, encaminhou um atestado de saúde para justificar sua ausência.
- O crime sexual raramente traz provas, documentos. É um crime praticado quase sempre na clandestinidade. O que prepondera nesse caso é o relato verossímil das vítimas e as circunstâncias em que elas e o acusado se encontravam - disse Dal Poz.
De acordo com o promotor, as vítimas começaram a procurar o Ministério Público em maio de 2008. Nem todas são do estado de São Paulo. Além delas, uma ex-funcionária da clínica de Abdelmassih também acusa o médico de assédio.
- Algumas vítimas não quiseram formalizar a denúncia pelos mais diversos motivos, mas o principal é o constrangimento, por ter de assumir para a família e os amigos o que passou. Elas já estavam em uma condição de fragilidade, dependendo de ajuda médica para engravidar e ainda acabaram vítimas de violência - afirma o promotor.
De acordo com ele, as oito vítimas que formalizaram as denúncias não se conhecem e apresentam relatos muito parecidos de como foi a abordagem.
- O conjunto de circunstâncias é sempre muito parecido e até mesmo as expressões que teriam sido usadas pelo investigado (Abdelmassih) - afirma o promotor.
Uma primeira denúncia foi apresentada à Justiça, pelo Ministério Público, em setembro do ano passado, mas acabou sendo rejeitada. A juíza Kenarik Boujikian Felippe entendeu que o Ministério Público não poderia investigar as acusações sozinho. Por isso, a denúncia foi encaminhada à Delegacia da Mulher que abriu inquérito contra o médico.
O Cremesp informa que o médico e as vítimas devem ser ouvidas durante a sindicância. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, se a sindicância comprovar que há índicios contra Abdelmassih, será aberto um processo ético-disciplinar. Se ele for considerado culpado, ficará sujeito a cinco tipos de punição, de advertência sigilosa a cassação. Nesse último caso, é necessário aval do Conselho Federal de Medicina para que ele seja cassado.
Médico ganhou notoriedade ao atender celebridades
O especialista em fertilização in vitro Roger Abdelmassih ganhou notoriedade no país na década de 90. Foram seus clientes ilustres que o elevaram também à posição de celebridade na área. Entre eles, estão o ex-jogador Pelé, o apresentador do SBT Gugu Liberato e o ex-presidente Fernando Collor. Todos recorreram ao 'homem que dá vida a bebês impossíveis'. Descendente de libaneses, o médico se formou em medicina na Universidade Estadual de Campinas. Depois de formado, ele trabalhou com o médico Milton Nakamura, responsável pelo nascimento do primeiro bebê de proveta do país.
Entre seus pares, Abselmassih é conhecido por sua determinação pelo trabalho. Em 1989, já tinha sua própria clínica, que hoje é a maior do país na área. Ela ocupa um elegante casarão no bairro do Jardim América, na zona sul de São Paulo. Abselmassih foi pioneiro no Brasil a utilizar o método de injeção intracitoplasmática. A técnica foi desenvolvida na Europa e permite injetar o espermatozóide diretamente no núcleo do óvulo, o que aumenta a chance de sucesso da fertilização.
No Brasil, ele é um dos poucos que aceita que o casal escolha o sexo do embrião. O método tem aprovação do Conselho Federal de Medicina, mas só para os casos necessários a evitar futuras doenças no bebê. Mesmo sendo criticado por isso pela concorrência, os especialistas dizem que a técnica de fertilização in vitro ganhou popularidade no país em grande parte por causa de Abselmassih. Principalmente por seus clientes famosos e pela propaganda que se fez deles.



APRESENTOU ATESTADO MÉDICO????


PORQUE????

link do postPor anjoseguerreiros, às 12:35  comentar

De Suely a 14 de Janeiro de 2009 às 01:12
Onde há fumaça, há fogo... Ouvi que esse médico praticava esses abusos há mais de 12 anos passados. Com certeza aparecerão mais pessoas para denunciá-lo.

Não esqueçam daquele outro "grande médico" que sedava, abusava e filmava em VHS suas aberrações contra pobres adolescentes!

scvcsp@globo.com

De Maria Célia a 14 de Janeiro de 2009 às 08:33
Suely, obrigada por sua visita e colaboração.
Estaredmos sempre atentas e abertos para denúncias.

De Anónimo a 14 de Janeiro de 2009 às 16:56
Não acredito nestas notícias. Fizemos tratamento com Dr Roger e fomos bem sucedidos após várias tentativas. É um profisional sério, competente e cobra por isso. Tem gente querendo se aproveitar disso.

De carmen monari a 14 de Janeiro de 2009 às 17:02
agradecemos sua participação (14/01/2009) 16:56
estamos neste momneto publicando seu comentário em destaque
carmen e maria célia

De Anónimo a 15 de Janeiro de 2009 às 21:20
Eu acretido, porque fui uma vitima dele. Na epoca e tinha 32 anos, hoje a minah filha tem 11 anos.
Fiz todo o tratamento com ele. Na priomeira tentativa qdo fui cedada pela 2º vez ele entrou dentro do quarto, onde estava aguardando passar o efeito do cedativo ele entrou no quarto e me tocou, fiquei desesperada, mas não podia reagir, e tabem , não acreditava no que estava acontecendo.
E isso aconteceu mais uma vez.Pedi pra parentes me acompanhar e pedi assistente dele deixá-los entrar até passar o esfeito do sedativo, nesses espaço de tempo teve uma vez q ele entrou no quarto e eu estava acompanhada....
Não o denunciei porque sou de familia simples, vendemos tudo q tinha pra ter nossa filha!
E isso não aconteceu so comigo na epoca, com uma companheira minha tbem. Tinhamos medo de falar, denunciar e acharem o mesmo q o anonimo disse....eu não preciso tirar proveito de nada e muito menos expor a minha vida dsta forma, com uma coisa tão brutal.
Assim como o seu tratamento.

De Maria Célia a 15 de Janeiro de 2009 às 22:19
Agradecemos sua participação.
Seu comentário vai ser publicado.Continue acompanhando e denunciando quando achar necessário.
Maria Célia e Carmen

De sonia andrade a 28 de Março de 2009 às 19:34
Hoje moro em New York com minha filha Mariana que hj esta com 17 anos e foi abusada pelo pai biologico dos 8 aos 12 anos.Quando descobri o q acontecia comecou uma longa caminhada.Delegacia da Mulher, Forum da Infancia e da Juventude, recebemos varias visitas da Assistente Social q preparou um relatorio totalmente favoravel para indiciar o maldito, psicologas que trabalham especificamente em caso de abuso o Crame em Sao jose do Rio Preto, foram muitas idas e vindas para q o relatorio chegasse bem ao ministerio publico e ele fosse indiciado por esse crime barbaro que cometeu com a propria filha ao longo dos anos.Uma luta incessante eu travei, para chegar no final o caso ser arquivado por falta de provas.Primeiro o q sei eh que esse tipo de crime nao existe provas, pois o abusador tem uma grande capacidade de esconder de fazer tudo tao bem escondido que no final so sobra a palavra da crianca como prova, mas a riqueza de detalhes e o sofrimento estampado no rosto de minha filha nao foram motivos suficientes para que o promotor acreditasse na culpa desse carrasco e arquivasse o caso deixando mais um louco solto pra cometer outros crimes igualmente horrendos.Minha filha tem grandes sequelas desses abusos que sofreu durante anos e com muita frequencia e a justica brasileira nada fez.Tudo isso pra mim e demagogia pura, nao adianta a gente se expor, expor as nossas filhas a repetirem exaustivamente a mesma historia, chorando a cada relato e se envergonhando diante de pessoas que supostamente estariam ali para ajudar.Mas ma verdade o que eles procuram, ministerio publico, Crame, Delegacia da Mulher, sao estatiscas para serem a presentadas para a Onu, ou sei la mais pra quem.Minha filha se tormou estatisca nesse pais sem lei e sem coerencia.Foi mais uma vez abusada, dessa vez pola chamada justica, e ESTATUTO DA CRIANCA E DO ADOLECENTE, me enoja ter passado por tudo que passei, me enoja a justica brasileira.Meu sonho era falar tudo isso em rede nacional e demascarar esse esquema governamental que pra mim nao passa de uma comedia.Hoje estou aqui na America tentando ajudar minha filha que e uma sobrevivente do Abuso Sexual, que foi covardemente calada pela Justica Brasileira enquanto o agressor goza de plena liberdade para cometer novos crimes ja que ficou constatada a impunidade que circula solta por esse pais que naum considero mais como meu, somos pessoas sem patria, sem referencia, porque um pais que desconhece vitimas de pedofilia cometida pelo proprio pai naum pode ser patria de pessoas que sofrem de abuso e sim e patria de abusadores como Andre Luis da Silva Barbosa, que acabou com nossas vidas deixando em nos marcas irreversiveis

De carmen a 30 de Março de 2009 às 08:29
Sonia, infelizmente vc não deisou seu e-mail para que pudéssemos contatá-la. Gostaríamos muito de ajudá-la a adivulgar sua estória pois, ele serviria de alerta e denúncia a inúmeras outras pessoas.
Escreva para nós , se puder.
Cremos que já que deixou seu depoimento neste espaço, automaticamente podemos publicá-lo em outro espaço.
Vamos realizar algo à respeito.
Obrigada por sua rica e comovente colaboração.
Carmen e maria celia

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