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24.4.09


Jorge Ventura, pai de Renato Ventura Ribeiro, afirmou durante velório do advogado em Praia Grande (SP) que a morte do filho e do neto "não tem explicação". "A gente numa determinada idade, se forma, casa, tem filhos e espera que os filhos enterrem os pais. Prepara uma pessoa que fez um brilhante curso e estava um concurso para crescer ainda mais", disse Jorge, que completou: "não consigo entender". Renato e o filho, Luis Renato, 4 anos, foram encontrados mortos na tarde de quarta-feira no apartamento do advogado em Mirandópolis, bairro nobre da zona sul de São Paulo. A polícia trabalha com a hipótese de que o homem tenha matado o filho e se suicidado. O corpo foi enterrado às 15h.
"Tem gente aqui no velório que encontrou com ele (o advogado) nessa sexta em uma casa de esfiha, comeram juntos, ele não demonstrava nada, estava tranqüilo", afirmou Jorge. "A mãe do menino já declarou que ele (Renato) não era agressivo", afirmou.
Jorge também disse que conversou com a família da mãe do menino e afirmou que "é um momento para todo mundo se apoiar, pois está todo mundo sofrendo". "É pedir a Deus que ele esteja em paz junto com o filho".
A advogada Ketlin de Albuquerque, 32 anos, que se disse amiga de Renato há mais de 15 anos, afirmou que o professor nunca demonstrou qualquer sintoma de angústia ou depressão. "Era uma pessoa maravilhosa, fantástica e superprestativa. Não dá para entender. Nunca demonstrou ter depressão e tinha amor incondicional pelo filho, mas nada a ponto de imaginar que chegasse a essa situação de desespero, que causasse algo tão horrível", disse.
Ainda de acordo com a amiga, que veio de Brasília (DF) especialmente para o enterro, Renato entrou em um curso de tiros em fevereiro deste ano e comprou uma arma em seguida. "Na minha opinião, talvez ele já estivesse premeditando algo", comentou.
O professor disputava a guarda do filho judicialmente com a ex-mulher, o que segundo a amiga, pode ter tranformado a relação dos dois. "A Fabiane (Húngaro Menina) sempre foi uma pessoa muito correta e percebia todo amor do Renato pelo filho. A relação entre eles não era boa".
Homicídio seguido de suicídioQuestionado na quarta-feira sobre a hipótese de homicídio seguido de suicídio, o delegado do caso, Virgílio Guerreiro Neto, defendeu essa possibilidade. "Pela experiência, não vejo chance de ser algo diferente", disse. Entre os motivos para a versão, o delegado aponta uma recente disputa judicial pela guarda perdida do menino e algumas ameaças. "Segundo a mãe, violento ele não era, mas eles tinham uma relação de disputa pelo filho. Ele fazia ameaças de que ia sumir com a criança", disse Guerreiro.
Ribeiro apanhou o filho na última sexta-feira e deveria devolvê-lo no domingo, dia do aniversário da mãe. Após desconfiar da demora na entrega da criança e sem conseguir falar com o pai, a mãe registrou um Boletim de Ocorrência do descumprimento da determinação judicial de devolver a criança na segunda-feira.
O menino era filho de um relacionamento amoroso de poucos meses entre o casal. "Eles nunca foram casados nem moraram juntos", disse o delegado. O pai tinha direito de ver o filho a cada 15 dias e lutava na Justiça pelo direito de morar no apartamento, onde vivia há 10 anos, com a criança. Uma amiga da família que não quis se identificar afirmou que Ribeiro "adorava" o filho. Ribeiro foi descrito como um homem quieto e profissional eficiente pela mesma pessoa.
Fonte:Fernando Prandi
Direto de Praia Grande
Portal Terra

Boletim de ocorrência registrado por advogado que matou filho de 5 anos em São Paulo não fala de agressão ao menino

Segundo o boletim de ocorrência, registrado no dia 29 de abril de 2007, Renato Ventura Ribeiro se desentendeu o cunhado durante uma discussão sobre a guarda do menino.
No boletim de ocorrência, o advogado acusou o cunhado de tê-lo ameaçado. Renato teria ligado para a casa da mãe da criança, Fabiane Húngaro Menina, para falar sobre a guarda de Luís Renato, que era compartilhada. O advogado havia dito à ex-namorada que queria obter a guarda total do filho. Quando soube da reivindicação de Renato, o irmão de Fabiane teria pegado o telefone e dito a ele que se o advogado "mexesse com Fabiane ou com o sobrinho iria se ver com ele".
O advogado registrou o boletim de ocorrência, mas o caso não teve andamento.
Nesta sexta-feira, investigadores foram ao prédio onde morava o advogado e entrevistaram vizinhos.
Fonte: Globo
link do postPor anjoseguerreiros, às 17:32  comentar

De Anónimo a 25 de Abril de 2009 às 15:56
Que tragédia!
O pai não matou o filho por amá-lo demais e quere-lo em sua companhia.
Matou-o para atingir a pessoa que atrapalhava seu caminho, atingindo-a naquilo que lhe era mais caro: o filho.
Para que ela jamais se esqueça da tragédia, e penaliza-la mais ainda, escolheu o dia do seu aniversário, numa vingança sórdida.
E depois alguem vai me dizer que esse advogado não era um psicopata?

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colaboradores: carmen e maria celia

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