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11.4.09
Considerados durante anos os Estados mais violentos do país, Rio de Janeiro e Pernambuco perderam o posto. Levantamento feito pela Folha com base em dados de 2008 mostra que Alagoas e Espírito Santo agora lideram o ranking de homicídios no país.

Em 2005, segundo o último levantamento feito pelo Ministério da Justiça, Pernambuco e Rio lideravam as estatísticas de homicídios. Agora, ocupam o terceiro e quarto lugares.
Na comparação entre os dados de 2008 e os de 2005, é possível ver que a violência aumentou nos quatro Estados --mas em Alagoas e no Espírito Santo o aumento foi maior. No Rio, o índice de homicídios por 100 mil habitantes passou de 40,5 (2005) para 45,1 (2008); em Pernambuco, de 48 para 51,6. Já no Espírito Santo, o aumento foi de 37,7 para 56,6; e em Alagoas, de 37,2 para 66,2.
O levantamento em todos os Estados do país levou em conta um critério único, usado pelo Ministério da Justiça: a soma de assassinatos, latrocínios e lesões seguidas de morte, inclusive homicídios decorrentes de confrontos com policiais.
Os dados foram repassados pelas secretarias da Segurança e se baseiam em boletins de ocorrência -exceto Goiás, que computa os dados após a conclusão de inquéritos policiais.
Roraima é o Estado com o melhor índice (10,6 por 100 mil) --acima, porém, do que a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera como zona epidêmica de homicídios: a partir de dez assassinatos por 100 mil habitantes.
O levantamento inclui dados completos de 23 Estados e do Distrito Federal. Minas Gerais não repassou dados do último trimestre. Piauí só tinha dados da capital, Teresina. Pará e o Amapá não informaram.
Para Julio Jacobo Waiselfisz, autor do Mapa da Violência, que usa dados do sistema de saúde para calcular taxas de morte, alguns pontos podem justificar a mudança. "Ao aumentar a repressão nos centros tradicionais, como Rio e São Paulo, pulverizou-se a criminalidade." Para ele, "dinâmicas locais, como pistolagem e narcotráfico" também explicam essa nova disposição.
Cláudio Beato, coordenador do Crisp (Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública), afirma que é difícil comparar Estados. Ele diz ainda que "a greve da polícia [de agosto de 2007 a fevereiro de 2008] em Alagoas pode estar se refletindo na taxa".


Secretário de Alagoas culpa drogas e pistolagem por violência
O secretário da Segurança de Alagoas, José Paulo Rubim, levanta alguns pontos que podem explicar o alto índice de homicídios no Estado. "Aqui há uma cultura de pistolagem, matadores de aluguel e muito crack na área de exclusão social. Há um alto índice de excluídos na periferia de Maceió. Podemos relacionar [as taxas] ao envolvimento com drogas, principalmente o crack, e mais entre os jovens de 16 a 25 anos, onde falta emprego, educação etc.", afirma.
Para Rubim, as estatísticas policiais melhoraram. "Fizemos um mapeamento completo, desde o ano passado, que tem locais dos crimes, tipos de arma usada e de vítima. Com tudo isso mapeado, pudemos congestionar essas áreas com policiamento."
Segundo dados no site da secretaria, houve redução de 15% no número de vítimas de crimes violentos letais nos dois primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

O secretário da Segurança do Espírito Santo, Rodney Miranda, também reconhece que a taxa de homicídios no Estado é elevada. "É uma trajetória que vem se mantendo há muitos anos", diz.
Ele vê nos assassinatos os maiores problemas de segurança no Estado que, segundo Miranda, tem números baixos de outros crimes, como sequestro relâmpago e roubos. O secretário afirma que a secretaria combate a criminalidade. Segundo ele, só no ano passado 34 mil pessoas foram presas.
Miranda, no entanto, diz que o Brasil não tem uma "metodologia de coleta de dados que permita comparar um Estado com outro". "Nosso Estado é pequeno e nós publicamos todos os dados", afirma.
Segundo o Ministério da Justiça, "a iniciativa, autonomia e responsabilidade sobre políticas de segurança pública é dos Estados".


link do postPor anjoseguerreiros, às 11:00 

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