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12.3.09
No total foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão: duas pessoas foram presas


A Operação Fênix desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate e Repressão ao Crime Organizado (GAERCO) – Núcleo São José do Rio Preto, do Ministério Público, e pelos promotores André Luiz Nogueira da Cunha e Noemi Correa de Catanduva, cumpriu durante a manhã de quarta-feira, dia 11, 20 mandados de busca e apreensão e duas prisões, das quatro expedidas pela 2ª Vara Criminal de Catanduva.
O Senador Magno Malta, responsável pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pedofilia, solicitou apoio do GAERCO.
A ação contou com o apoio de diversos membros do Ministério Público e aconteceram em Catanduva, São José do Rio Preto, Bauru e São Paulo, simultaneamente.
O objetivo da operação foi verificar a possibilidade de existência de uma organização criminosa, devido ao número de vítimas no caso de pedofilia. As declarações das crianças envolvidas foram o principal ponto das investigações.
Nas primeiras horas, vários endereços foram visitados pelos promotores com apoio da Polícia Militar. Na residência do médico do Jardim do Bosque, os policiais precisaram pular o muro para adentrar no imóvel. Após diligências, foram apreendidos uma CPU, fitas de vídeo, fotografias e outros objetos.
Simultaneamente, o apartamento de um empresário averiguado, localizado na Rua Alagoas, também foi averiguado e alguns objetos apreendidos. Em seguida, com a descoberta do endereço da residência do empresário, a polícia deslocou-se para a Rua Santa Catarina, onde também foram apreendidos uma CPU e documentos. A casa de um outro empresário foi averiguada e apreendido um aparelho eletrônico.
Todo o material apreendido foi encaminhado ao Fórum de Catanduva e posteriormente conduzido para a Delegacia Seccional de São José do Rio Preto.
Durante toda a manhã, outras residências foram averiguadas pelos promotores de justiça, nos bairros Parque Glória, Bom Pastor e Jardim Alpino. As duas prisões aconteceram em Catanduva e São Paulo.
O fato parou a cidade de Catanduva, toda a movimentação foi acompanhada pela população nas residências vistoriadas, o trânsito ficou prejudicado próximo ao horário do almoço com o aumento do fluxo de veículos.

Suspeitos de pedofilia somem antes de mobilização policial
Segundo o jornalista Paulo Lopes, até o final da noite de ontem estavam foragidos o médico Wagner Rodrigo Brida Gonçalves, 29, e o empresário José Emanuel Volpon Diogo, 44. Logo pela manhã, policiais da Operação Fênix os procuraram em Catanduva (SP), mas não foram localizados
A polícia não teve dificuldade para prender em Catanduva Eduardo Augusto Arquino, 19, almoxarife da Usina de Açúcar e Álcool Cerradinho, e em São Paulo André Luiz Cano Centurion, filho de um comerciante.
Mas PMs tiveram de pular o muro da casa de um dos suspeitos, o médico endocrinologista Rodrigo, porque a mãe dele recusou-se a abrir o portão. Na casa de Diogo, houve a necessidade da presença de um chaveiro.
Adriano Salles Vani, advogado de Diogo, disse que o seu cliente estava viajando a negócios. José Luís Oliveira Lima, defensor de Rodrigo, falou que não sabia onde se encontrava o médico.
Os dois criminalistas criticaram o ‘show pirotécnico’ que foi, segundo eles, a operação. Nesta quinta, vão pedir habeas corpus a seus clientes para evitar que sejam presos.
Para eles, não existe nenhuma rede de abuso de crianças, mas, de comprovado, um pedófilo, o borracheiro José Barra Nova de Melo, conhecido como Zé da Pipa, que foi preso há mais de um mês.
O promotor João Santa Terra Júnior, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) de São José do Rio Preto, disse que a operação foi deflagrada em decorrência de novos depoimentos de crianças e adolescentes.
Ele não quis comentar a suspeita de que houve vazamento de informação, o que explicaria o sumiço do médico e do empresário um dia antes da operação.
“Foi apreendido farto material que vai ser analisado”, disse o promotor. Foram confiscados filmes fotográficos, DVDs, fitas VHS, monitores de computadores e CPUs.
A declaração dos advogados de defesa
A reportagem do jornal Notícia da Manhã procurou pelos advogados de defesa dos averiguados ,que tiveram os nomes citados em documento da CPI de Pedofilia. Para ambos, o mandado de prisão é ilegal.
De acordo com o advogado do médico, José Luís Oliveira Lima, não há provas nos autos que incriminem o seu cliente, o que torna a decisão da magistrada ilegal.
“É desprovida de fatos, de circunstâncias, de provas contra o meu cliente”, afirma Lima.
O advogado ressalta que ainda não se acha disponível à defesa a cópia dos autos. “Tão logo eu tenha acesso às cópias, vou entrar com pedido de habeas corpus perante o Tribunal de Justiça de São Paulo”, completa.
Até o final da tarde de ontem, Lima não havia mantido contato com seu cliente.
O advogado Adriano Vanni, que defende o empresário afirma que seu cliente está viajando a trabalho há uma semana. Ele considera a decisão da juíza Sueli Juarez Alonso “uma verdadeira violência, sem precedentes”.
Segundo Vanni, o empresário colocou-se à disposição da Justiça. “Ele foi chamado pela autoridade policial, atendeu ao chamamento, prestou declarações, passou a tarde inteira na delegacia e também por 11 reconhecimentos que resultaram negativos, é óbvio”, declara.
Assim como Lima, o advogado do empresário considera o mandado de prisão ilegal.
“A única menção que existia contra ele era por causa da caminhonete que parava na escola. Mas o diretor já disse que meu cliente nunca abriu a porta, nunca entrou criança no veículo. Inclusive no período das férias ele parava lá com sua caminhonete, e nem criança tinha na escola”.
A defesa do empresário aguarda da juíza as cópias do mandado de prisão para que seja expedido o habeas corpus. Para o advogado, a decisão da magistrada é “estranha”.
“Ela ouve as pessoas no gabinete dela e ela decide. Ela investiga e julga. É óbvio que isso contamina o feito. Você investiga e você julga, é claro que você vai aprovar o que investigou”, esclarece Vanni.
“É um absurdo fazer isso com um pai de família tão conceituado na cidade. Na vida dele pregressa não tem uma mácula, ele não é bandido. Não tem uma criança reconhecendo ele, imputando nenhum ato de atentado violento ao pudor. Um pai de família, de quase cinqüenta anos, tem que passar por isso? Por um mandado de prisão temporária por 30 dias? É uma violência sem tamanho”, finaliza.
A reportagem do Notícia da Manhã conversou com o advogado Kelver Rodrigues que responde pelo funcionário de uma usina de Catanduva preso ontem temporariamente. Ele afirmou que vai analisar nos próximos dias qual o procedimento a ser tomado em sua defesa. O advogado do filho do empresário, preso em São Paulo, não foi localizado.
link do postPor anjoseguerreiros, às 09:51  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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