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24.3.09
Delegado suspeita que mulher negocia compra de recém-nascidos pela Internet para depois revendê-los a estrangeiros, que sairiam ilegalmente com as crianças do Brasil. ‘Quero duas ou três’, afirma ela pela Internet

Rio - A venda de bebês recém-nascidos e o mercado clandestino de barriga de aluguel na Internet serão investigados pela Polícia Federal (PF). A instituição decidiu instaurar inquérito para apurar a atuação de quadrilhas especializadas no tráfico internacional de crianças, a partir da série de matérias publicadas por O DIA desde domingo. As transações virtuais alimentam uma rede de agenciadores, que faturam alto com comissões para intermediar o contato entre casais brasileiros e estrangeiros.Em conversas registradas no MSN com uma mulher que vive na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ela afirma que o esquema ainda envolve médicos e até hospitais. Segundo a interlocutora, identificada como Lúcia, todos receberiam dinheiro para que os recém-nascidos já saiam da maternidade registrados em nome dos casais de compradores.O contato com Lúcia foi feito através de um dos fóruns disponíveis na Internet sobre o tema barriga de aluguel. Ela chamou a atenção ao afirmar que estaria disposta a ficar com quantos bebês conseguisse. Para aumentar a rentabilidade do negócio, o valor oferecido por cada gravidez foi de apenas R$ 30 mil, preço bem abaixo do praticado no mercado virtual, onde as transações chegam a R$ 120 mil. De acordo com o delegado Éder Oliveira, da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, que analisou o conteúdo das conversas realizadas com Lúcia, tudo indica que ela faça parte de uma quadrilha de traficantes de seres humanos. “Esta denúncia é muito grave e precisa ser investigada com rigor. Estamos falando de um comércio baseado na venda de crianças e recém-nascidos que podem estar sendo levados ilegalmente para o exterior”, alerta.Em outra comunidade na Internet, uma mulher que diz estar grávida de seis meses anuncia a venda da filha que está esperando. Num sinal de que já recebeu várias ofertas pelo bebê que ainda nem nasceu, ela evita estipular um preço. E pede que seja feita uma proposta pela criança, como se fosse um lance num leilão.Durante a troca de mensagens, a ‘vendedora’ se recusa a passar telefones de contato. Afirma que antes precisa saber se o cliente está realmente interessado no negócio e quanto está disposto a pagar pela criança que está em seu ventre.


OAB e médico suspeitam de métodos

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reforça as suspeitas de tráfico de crianças. “Um recém-nascido exige muita dedicação dos pais. Ninguém quer por um desejo genuíno tantos filhos ao mesmo tempo. É fora do comum e precisa ser investigado pela polícia”, diz a advogada criminalista da comissão, Maíra Fernandes.Especialista em Reprodução Humana do Hospital Universitário Pedro Ernesto, o médico Paulo Gallo afirma que o método dos supostos agenciadores foge do padrão normal dos casais que recorrem à fertilização in vitro. “O fato de fazer tudo de forma clandestina, sem passar por uma clínica, não é o procedimento normal a que estamos acostumados”, diz.



link do postPor anjoseguerreiros, às 10:02 

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