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14.4.09
ALTAMIRA (PA) - A chuva rompeu três barragens no Pará e a água invadiu parte da cidade de Altamira, a 740 km de Belém. Pelo menos 5 mil pessoas estão desabrigadas e a Prefeitura decretou estado de calamidade. A previsão da meteorologia é de muita água nos próximos dias. Deve chover, até maio, 30 % a mais do que a média histórica dos últimos 30 anos.
A causa principal dos alagamentos em Altamira foi o transbordo do igarapé Altamira, que corta a cidade. Duas pontes romperam: a da entrada da cidade, impedindo o acesso ao centro da cidade, e a outra na rodovia Transamazônica. A rua que leva ao aeroporto também foi destruída, com a abertura de uma cratera de 30 metros de comprimento, graças à força da água. Por segurança, a energia elétrica foi desligada em boa parte da zona urbana.
Os desabrigados estão sendo encaminhados a casas de parentes ou a abrigos improvisados, em 10 escolas e dois ginásios de esportes.
As três barragens, usadas em atividades agrícolas, ficavam a cerca de 18 quilômetros da cidade. A água liberada aumentou o volume de água do igarapé Altamira e do Rio Xingu, que, ontem, já estava 6,7 metros acima do normal. Nove bairros foram inundados - Liberdade, Mutirão, Boa Esperança, Jardim Nova Altamira, Baixão do Tufi, Açaizal, Boa Esperança, Jardim Independente I e Sudam I.
A chuva provoca ainda cheia no Rio Acre, onde 153 famílias estão desabrigadas . Em São Luís do Maranhão chove desde quinta-feira e 174 pessoas estão desabrigadas .
Este ano, a cheia na bacia do Rio Amazonas deve ser a segunda maior em 100 anos.
Em Altamira, a queda ou submersão de pelo menos três pontes isolou a cidade do restante do estado. O problema também se repetiu em pontes que ligam os diversos bairros da cidade, que ficou, assim, dividida ao meio, às proximidades do igarapé Altamira. Por segurança, a energia elétrica foi desligada em boa parte da zona urbana. Até a noite de domingo, centenas de pessoas permaneciam ilhadas, sobre os telhados de suas casas, à espera de socorro.
- Nunca choveu tanto assim, por tanto tempo em Altamira. A gente precisa de um helicóptero aqui, porque há muita gente ilhada, em cima dos telhados - diz Warley Botelho, presidente da Câmara de Diretores Lojistas (CDL) de Altamira, Warley Botelho.

Oeste do Pará em alerta
Todo o oeste do Pará já vinha sendo monitorado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, devido à previsão de fortes chuvas. Segundo o coordenador do Instituto Nacional de Meteorologia na Região Norte, José Raimundo Abreu de Souza, as cheias no Oeste deverão atingir 'níveis históricos' até maio, devido à quantidade de chuva na cabeceira do rio Amazonas. A previsão é que chova, no Oeste, ainda mais que a média de 300 milímetros dos últimos 30 anos. Em todo o estado, especialmente no oeste, 16 cidades aguardam homologação, pela governadora do 'estado de emergência'.
O desastre em Altamira mobilizou a população: centenas de voluntários vieram se juntar aos 120 homens do Exército, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal que buscavam socorrer as pessoas ilhadas.
Não havia helicópteros para facilitar o trabalho - apenas embarcações. Mas, a partir de hoje, um avião ajudará nas buscas e resgates. No fim da noite de ontem, o major Marcos Victor Norah, também do Corpo de Bombeiros, informou da possibilidade de terem sido oito - e não três - as barragens que se romperam no acidente, conforme hipótese levantada pela Secretaria de Meio Ambiente.


link do postPor anjoseguerreiros, às 08:05  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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