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26.3.09
SÃO PAULO - O promotor de Justiça Gilson Augusto da Silva, da cidade de Marília, a 418 quilômetros da capital paulista, disse que peritos recuperaram 27 mil arquivos deletados em um notebook para provar que o diretor da escola Cristo Rei tentava aliciar menores pela internet. Segundo o promotor, o diretor, de 33 anos, se passava por uma mulher e manteve contato com uma menina de 12 anos que mora em Americana, a 124 quilômetros da capital paulista. As investigações da polícia começaram depois que a mãe da menina desconfiou das conversas que a filha mantinha pela internet.
Segundo o promotor, foram recuperados arquivos de fotos que mostram pornografia infantil. Há cenas chocantes inclusive de homossexualismo entre crianças. Também foram recuperados diálogos que o suspeito teve com a menina. O diretor começou a ser investigado há dois anos, mas só agora o caso tornou-se público. A mãe da criança decidiu se passar pela garota e começou a conversar virtualmente com o suspeito. A princípio, a conversa era entre 'duas adolescentes', mas aos poucos a mãe descobriu que quem estava do outro lado era um homem. Ela foi então à delegacia e fez a denúncia por atentado violento ao pudor.
A polícia constatou que as conversas partiram de um computador portátil instalado na sala do colégio particular de Marília. As investigações chegaram até o diretor que disse aos policiais que só ele tinha acesso ao aparelho. Como tinha deletado os arquivos pornográficos, o suspeito acreditou que mesmo que o notebook fosse analisado nada seria provado contra ele.
- Mas os peritos do Instituto de Criminalística conseguiram recuperar os 27 mil arquivos pornográficos. Nas imagens, não conseguimos identificar ninguém da cidade. As crianças parecem ser estrangeiras. O computador estava protegido com antispam, tinha senha de acesso. Ele confirmou que o computador era dele e ele era o único a ter acesso. Quando os peritos recuperaram os arquivos, ele começou a dizer que um hacker tinha invadido os arquivos da máquina - explicou o promotor.
Com o crescimento dos chamados crimes na internet, peritos com especialização em informática e engenharia foram incorporados aos quadros dos institutos de criminalísticas.
- Conforme evoluem as tecnologias foi necessário ter esse tipo de profissional - diz o promotor.
As informações e fotos recuperadas foram anexadas ao processo que está no fórum de Marília. O juiz Décio Divanir Mazetto aceitou a denúncia, mas o pedido de prisão preventiva foi negado. Segundo a lei brasileira, como não houve contato físico, não é possível prender o suspeito.
Apesar de ser réu no processo, o diretor continua trabalhando na escola, segundo o promotor.
- Estou encaminhando um pedido ao juiz da Infância e Juventude sobre isso. Antes dele ser réu, a escola o protegeu com o benefício da dúvida - informou o promotor.
Ele acredita que o caso seja julgado entre 3 e 4 meses.
Nem o diretor da escola, nem o advogado dele foram encontrados para comentar a denúncia.


link do postPor anjoseguerreiros, às 08:16  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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