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28.3.09
Confira, no quadro acima algumas atitudes simples que os docentes podem ter em sala de aula para evitar a exclusão do aluno disléxico.

Agatha Christie, Einstein, Darwin, Franklin Roosevelt, Leonardo DaVinci, Michaelangelo, Robin Williams, Tom Cruise, VanGogh e Walt Disney. O que essas personalidades das mais diversas épocas têm em comum? Todos foram ou são portadoras de dislexia, síndrome que acomete de 10% a 15% da população mundial.

Dislexia é uma palavra grega que quer dizer distúrbio de linguagem. A falta de informação pode gerar julgamentos errados. Burro, lerdo, vagabundo, folgado, preguiçoso podem ser alguns dos adjetivos empregados injustamente a uma pessoa disléxica. As principais características do problema são dificuldades na leitura, escrita, soletramento de palavras e compreensão do que lê.
É um problema que quanto mais cedo for detectado, melhor. "Assim há a possibilidade de uma intervenção terapêutica e você pode ajudar a criança a se desenvolver melhor, sendo capaz de driblar as dificuldades e desenvolver novas habilidades que possam fazer com que ela não sofra tanto na escola ou em outras situações nas quais depende da leitura e escrita", indica o orientador educacional, fundador e membro da diretoria da ABD (Associação Brasileira de Dislexia), Mário Ângelo Braggio.
Como é uma dificuldade de aprendizagem perceptual, pode ser de natureza mais visual, auditiva ou mista. E, além disso, é dividida em três graus: leve, moderado e severo. Esses são rótulos que são atribuídos apenas pela necessidade de se dar um nome para aquilo que a pessoa tem. Mas quando se analisa cada caso, se vê que, além dessas características, também é necessário considerar a pessoa em si: história de vida, meio em que vive, ambiente do qual vem, oportunidades que teve, estímulo que recebe. A professora do mestrado em Educação da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) Elisabeth Caldeira explica que diferente das "dislexias desenvolvimentais", ou seja, aquelas ligadas a uma perturbação específica do reconhecimento visual das palavras - na ausência de qualquer atraso intelectual da criança -, as "dislexias adquiridas apresentam origem neuropsicológica.

Feeling do professor
Como é uma síndrome geralmente detectada na infância, o papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização. Ter o feeling de perceber algo errado com determinado aluno é essencial para evitar traumas futuros. Porém o que muitas vezes acontece é a falta de conhecimento sobre a dislexia que pode trazer avaliações distorcidas. Esse quadro de dificuldade de leitura não tem cura, e acompanha uma pessoa por toda a vida, do Ensino Fundamental até o Superior.Nenhum professor precisa ser oftalmologista para notar que o estudante não está enxergando bem. O dia-a-dia da sala de aula mostra isso. O mesmo vale para a audição e outras deficiências, como a própria dislexia. O professor percebe que tal pessoa é inteligente, perspicaz, criativa, tem facilidade para fazer uma porção de coisas, no entanto, quando tem que ler, escrever ou entender o que leu, pronto, nem parece a mesma. Esses indícios são os mais significativos.
"Os professores e coordenadores pedagógicos têm que ter algum tipo de treinamento, alguma sensibilidade para detectar que é mesmo dislexia, para não falar que o aluno é folgado, vagabundo e não quer aprender", ressalta o professor de Leitura e Lingüística da UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú), Vicente Martins. "Ninguém enxerga aquilo que não conhece."

Vestibular
Se o vestibular já é um bicho-de-sete-cabeças para pessoas sem dislexia, imagine, então, para alguém disléxico. Redação, perguntas com enunciados enormes, cálculos, interpretação de textos e tudo isso sob pressão. O tempo também é um fator importante, já que pessoas com essa síndrome têm dificuldade de leitura e, conseqüentemente, levam mais tempo para ler, interpretar e resolver os enunciados.
É por isso que fundações como a Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) já estão se abrindo para o problema do disléxico. Quem possui a síndrome e comprova através de um relatório idôneo, faz a prova em um local diferente com um monitor que lê as questões para que a pessoa ouça e entenda melhor. Além disso, tem duas horas a mais para realizar o vestibular, pode usar calculadora, construir mentalmente a redação e ditar para que o monitor a escreva. Isso já acontece há dois anos seguidos.A pessoa disléxica é um mau leitor: é capaz de ler, mas não é capaz de entender o que lê de maneira eficiente. "É uma síndrome que acomete o ser humano. Isso vale para o esquimó, para o aborígine da Austrália, para o japonês, caiçara, pigmeu da floresta africana. É independe de qualquer outra variável. E a pessoa vai ser disléxica sempre, como o canhoto, mesmo que ele desenvolva habilidades na outra mão e supere as dificuldades, sempre será canhota. O disléxico também", observa Braggio.

Ensino Superior
E será que uma pessoa disléxica pode chegar a uma universidade e completá-la satisfatoriamente? Os professores são unânimes: isso é perfeitamente possível, desde que o aluno avise do problema para a coordenação do curso que irá alertar os docentes para que tenham sensibilidade em lidar com esse estudante. O gênio inventor da teoria da relatividade, Eisntein, era disléxico e, no entanto, toda a humanidade reconhece seus feitos. Dislexia não tem nada a ver com inteligência.
"O ser humano vai criar compensações. Ele pode ser péssimo em língua portuguesa e ainda assim um grande líder. Por exemplo, uma das compensações importantes em que o disléxico precisaria ter uma atenção especial é o tempo nas provas e concursos. Não é super proteção, mas considerá-lo realmente como uma pessoa que necessita de atendimento especial", argumenta Martins. Chegar à universidade é uma grande conquista para o disléxico, por isso, hoje em dia, algumas instituições já estão criando laboratórios para dar atendimento a jovens com dificuldades de leitura.
Quando se fala em dislexia, existem dois componentes que devem ser levados em conta: ler e compreender o texto. Quem tem dificuldade de leitura, tem problemas em ler um texto em voz alta e, conseqüentemente, em compreendê-lo. Para quem chega à graduação e passa por uma enxurrada de textos que são necessários para a compreensão e resposta de uma série de questionamentos das diversas disciplinas da grade curricular, é importante que os professores dêem uma orientação e atenção especial.
Professores, fiquem atentos a alguns sintomas da dislexia em adultos que, caso não tenham tido um acompanhamento adequado na fase escolar, ou, se possível, pré-escolar, ainda apresentará dificuldades na leitura e escrita: memória imediata prejudicada; dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); dificuldade com direita e esquerda; dificuldade em organização; aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência depressão, ansiedade, baixa auto-estima e, algumas vezes, o ingresso para as drogas e o álcool.
O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos. Portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas. É importante estimulá-lo e fazer com que acredite na sua capacidade de tornar-se um profissional competente.


fonte:http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=9162
link do postPor anjoseguerreiros, às 11:03 

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