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25.5.09

Colaboradores prestigiam programação do Adotar é Legal

Um grande evento comemorativo para celebrar o Dia Nacional da Adoção comemorado no dia 25 de maio, com o foco na desmistificação do processo de adotar e também no estímulo ao apadrinhamento voluntário de crianças abrigadas em Mato Grosso. Esse foi o mote da abertura da programação definida para 2009 em relação à campanha permanente Adotar é Legal, realizada pela Comissão Judiciária Estadual de Adoção (Ceja), ligada à Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso. Dezenas de crianças e adolescentes hoje abrigados em instituições de Cuiabá e Várzea Grande estiveram presentes no parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá, no evento cultural que teve início às 15 horas e se estendeu até o final da tarde deste domingo (24). O corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso, desembargador Manoel Ornellas de Almeida, fez o lançamento oficial da programação e destacou a importância da sensibilização da sociedade em relação ao assunto. "A população precisa saber que existe uma campanha permanente sobre adoção e que há inclusive uma recomendação nacional para que esse instituto seja mais divulgado. Hoje a adoção faz parte da nossa realidade social e toda criança abandonada precisa receber aconchego", pontuou. Já a juíza Valdeci Moraes Siqueira, auxiliar da Corregedoria responsável pelos assuntos relacionados à infância, destacou que eventos como esse, realizados de maneira informal em locais de grande concentração de público, são importantes para promover a conscientização da sociedade. "Adoção é acima de tudo um ato de amor, que envolve toda a família. É um encontro de corações e vale para toda a vida. A sociedade precisa estar envolvida nesse movimento para que possamos buscar um futuro promissor para essas crianças e adolescentes". Com esse trabalho junto à população, a Ceja pretende fortalecer o processo de conscientização dos possíveis pretendentes à adoção em relação ao não-preconceito sobre as crianças abrigadas. Atualmente, apesar de 300 casais já estarem habilitados, existem 45 crianças prontas para adoção que não encontram pretendentes interessados por não terem o perfil procurado: recém-nascido, branco, sexo feminino e sem problemas de saúde. Em sua maioria, as crianças abrigadas têm mais de sete anos e são do sexo masculino. Muitos também possuem irmãos abrigados ou têm algum tipo de problema físico ou mental. "Queremos desmistificar o perfil da criança procurada para adoção. Temos que sensibilizar a sociedade acerca deste assunto e com isso vamos ajudar essas crianças a ter uma convivência familiar e comunitária", observou a secretária-geral da Ceja, Jamilly Castro da Silva. A programação da campanha Adotar é Legal foi lançada no parque Mãe Bonifácia justamente pelo fato de o local reunir uma grande variedade de público, de faixas etárias distintas, desde crianças até idosos. "Celebramos o Dia Nacional da Adoção e também aproveitamos a oportunidade para divulgar o projeto Padrinhos, Pais Solidários, uma forma totalmente voluntária de auxílio às crianças abrigadas", pontuou a secretária-geral da Ceja. Por essa iniciativa, os interessados em colaborar, mesmo que ainda não pretendam adotar uma criança, podem colaborar de três formas: como padrinho afetivo (que leva a criança para atividades fora da instituição onde está abrigada, geralmente aos finais de semana), como padrinho provedor (que auxiliar financeiramente de alguma forma, como no custeio de curso profissionalizante) ou padrinho prestador de serviço. "Em eventos como essa podemos atingir todas as faixas etárias. Também precisamos de voluntários para brincar com as crianças, enfim, para diversos tipos de serviço", consignou Jamilly da Silva, ao frisar a total voluntariedade do trabalho. Um dos presentes a solenidade realizada neste domingo, Alessandro, de 10 anos e morador de um abrigo de Várzea Grande, não perde a esperança de ter sua própria família. "Não tenho pai, nem mãe, porque eles me abandonaram. Vivi toda minha vida no Lar da Criança e agora estou no Vida Nova. Mas eu quero ter uma família", revelou o menino. Essa mesma vontade é revelada por Viviane, uma adolescente de 14 anos, que desde bebê vive em um abrigo. "Acho que vai ser legal ter uma família para mim". Um caso de adoção de sucesso foi feito em 1982 pela diretora de escola Maria Aparecida de Souza Aiza, que na época já era mãe de duas meninas e teve a chance de adotar um bebê de seis meses. "Não podia mais ter filhos e queria muito um filho homem. Além disso, minha sogra já havia adotado o irmão mais velho dele. Ele estava numa situação bastante crítica, doente e muito desnutrido e não sabia qual seria a sorte dele. Estava criando as minhas duas e sabia que poderia cuidar de mais um, fazer algo bom por alguém. E adotar é gratificante, pois assim ele pôde ter um lar, uma família, com pai, mãe e irmãs", revelou a mãe de Thiago, hoje com 26 anos. A diretora conta que também foi criada por uma mãe do coração e esse foi um motivo que reforçou a decisão de adotar um filho. "Fiz algo por alguém, pois também gostaria retribuir o que fizeram por mim. Mas os pretendentes à adoção têm que estar bem preparados emocionalmente, pois não é fácil educar. Mas se tivesse que voltar no tempo, faria tudo de novo", contou.
Por: Silvana Ribas
Para : Gazeta Digital
link do postPor anjoseguerreiros, às 21:30 

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