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22.4.09
CURITIBA - O Hospital Universitário de Londrina informou que não há antibiótico para combater a bactéria Klebsiella spp ou Enterobacter, que contaminou oito pacientes e levou à suspensão de novas internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e restringiu o atendimento em quase todo o Pronto Socorro no sábado. O HU é considerado de referência e atende mais de 1 milhão de pessoas de três estados.
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário de Londrina (CCIH) classificou a presença da bactéria no hospital como surto.
Segundo a coordenadora da CCIH, Cláudia Carrilho, como não existe antibiótico para essa variação da bactéria, é preciso esperar a reação do organismo, para ver se ele consegue combater o micro-organismo.
- Se desenvolver uma infecção, será difícil tratar - afirmou Cláudia.
A bactéria multirresistente pode provocar infecção urinária, pneumonia, além de contaminar o sítio cirúrgico (região do corpo onde se realizou alguma cirurgia) ou apenas ficar hospedada no organismo.
- Tudo depende de cada caso. Por enquanto só temos casos de colonização, que é hospedagem da bactéria - disse.
Dos pacientes internados na UTI, a CCIH confirmou oito pacientes contaminados sem desenvolver infecções e sete ainda sob suspeita. De acordo com Cláudia, exames serão feitos em pacientes do Pronto-Socorro (PS) na próxima quarta-feira para identificar se há contaminados.
Segundo Cláudia, a bactéria teria entrado no HU no fim de fevereiro, quando um paciente, vítima de um acidente, que esteve internado em Goiás, foi transferido para a cidade. O segundo caso foi registrado no dia 10 de março.
- O primeiro paciente foi colocado em isolamento, com precaução de contatos. Achamos que ficaria restrito a esse caso, mas apareceu um outro na UTI. Todas as medidas também foram tomadas - disse.
Isolamento de paciente, lavagem de quarto e do pronto-socorro com produtos químicos foram algumas das medidas preventivas, mas que não evitaram a disseminação do micro-organismo. Segundo ela, a rápida proliferação da bactéria e a superlotação do hospital contribuem para a rapidez do surto.
- Não houve falhas do hospital. Mas, com a superlotação, não se consegue fazer a limpeza e desinfecção ideal quando um paciente sai e outro chega - explicou. Suspensão
A descoberta da bactéria provocou a suspensão de novas internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e restringiu o atendimento em quase todo o Pronto Socorro (PS) no sábado.
- A situação é grave porque é um surto. Quando você não tem nada e passa a ter oito casos, isso já é um surto - disse Cláudia.
Segundo ela, uma bactéria parecida já foi identificada no HU, mas esse é um novo tipo. Os pacientes da UTI serão transferidos para outro local do hospital para que o ambiente seja lavado e esterilizado, a fim de evitar que a bactéria continue se espalhando.
- Todos os funcionários e visitantes são orientados a tomar medidas profiláticas - disse.
Além disso, o hospital pediu aos serviços de emergência que só encaminhem casos graves à instituição.


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link do postPor anjoseguerreiros, às 08:09  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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