
- Nunca chegaram a me ligar, mas estamos sempre ouvindo o boca-a-boca que querem me matar - conta Valéria.
O marido, Ari Gomes da Silva, e a irmã, Patrícia Gomes dos Santos, dizem também já ter ouvido as ameaças. Nesta quinta, o pai abraçou M, que é a mais velha dos cinco filhos do casal, ouviu que ela está arrependida e quer que os pais e familiares a perdoem. Ele aceitou as desculpas.
- Tudo o que a gente quer é que ela seja tratada e volte a ser a mesma menina que era antes. Só Deus sabe a dor de uma mãe que tem uma filha nessa situação - afirma Valéria.
A família luta para que o Conselho Tutelar de Peruíbe encontre um abrigo onde o vício da jovem seja tratado. Até a noite de ontem, o destino da jovem ainda não estava definido.
O pai, a mãe, uma tia e uma avó da jovem beberam o café envenenado e foram parar no hospital, com vômitos, tontura, diarréia e dores no peito. Todos já receberam alta. A adolescente fugiu de casa, foi encontrada pelo pai e levada para a residência de parentes na cidade vizinha de Itanhaém. Mais tarde, a Polícia Militar conduziu a menina ao 1º Distrito Policial de Peruíbe para prestar depoimento. Depois disso, ela foi entregue ao Conselho Tutelar da cidade.
A jovem teria escolhido essa forma de envenenar a família porque sabe que os quatro irmãos mais novos não tomam café.
Segundo a mãe, M. era uma menina exemplar até o começo do ano passado, quando se envolveu com más companhias e começou a usar drogas.
- Lá por abril de 2008, começaram a sumir coisas de casa. Primeiro, foi a caixa de ferramentas do meu marido, depois foram roupas, sapatos, a aliança de casamento do meu marido e até fio de cobre - afirmou a mãe.
Depois disso, os pais começaram a controlar as saídas da filha. Também passaram a trancar o quarto do casal, onde guardavam os objetos de maior valor da casa. Mesmo assim, as coisas não melhoraram.
- Eu sou merendeira na escola do bairro e meu marido trabalha em obras, então não ficamos em casa de manhã e à tarde. E ela chegou a arrombar a porta de casa e a janela do nosso quarto para roubar mais coisas e sair para se drogar - conta Valéria.
Em outubro, a filha sumiu de casa e a mãe foi atrás. Encontrou a jovem sob efeito de drogas e agressiva.
- Tomei um soco e tive que pedir ajuda de mais dois para levar ela para casa. Tivemos que amarrá-la.
Em novembro, M. fugiu de casa e foi morar em um ponto de drogas no bairro Vatrapuã, onde a família vive. Os pais acionaram a PM para trazê-la de volta.
NÃO PENSAM....E AGORA O QUE VAI ACONTECER COM A FAMÍLIA?
link do postPor anjoseguerreiros, às 07:53