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19.3.09

O austríaco Joseph Fritzl, 73, declarado culpado por ter aprisionado a filha por 24 anos no porão de casa e ter tido sete filhos com ela, passará o resto da vida preso em um hospital psiquiátrico. Fritzl aceitou a sentença expedida nesta quinta-feira, ao final do julgamento de quatro dias. Os juízes formularam a pena com base no pior crime cometido pelo austríaco, o de homicídio, por ter deixado o filho-neto recém-nascido morrer.

Acusado de assassinato, sequestro, estupro, incesto, escravidão e ameaças graves, Fritzl chegou a se declarar inocente no primeiro dia do julgamento das acusações de assassinato de escravidão --que poderiam lhe render a prisão perpétua- mas admitiu todas as acusações na quarta-feira (18).
Na manhã desta quinta-feira, Fritzl disse estar arrependido dos crimes, entre os quais, o de estupro, incesto, homicídio e escravidão. Para a Promotoria, a declaração foi uma estratégia do acusado para se livrar da sentença prevista.
A defesa do caso tentou argumentar que Fritzl é idosos e que sofria problemas de psiquiátricos. Para tentar se livrar da acusação de homicídio, o advogado do austríaco disse que Fritzl não queria matar os filhos, mas "construir uma segunda família no porão de casa". Para isso, teria decorado o cativeiro com um papel de parede do Mickey para criar uma "atmosfera de lar".
Cronologia
O calvário de Elisabeth Fritzl começou aos 18 anos, em 28 de agosto de 1984, quando seu pai Josef a trancou no porão de casa, do qual ela só voltou a sair depois de 24 anos, após sofrer vários estupros incestuosos e dar à luz sete crianças.
Dos seis filhos que sobreviveram, Fritzl escolheu os de saúde frágil e mais barulhentos, tirou-os do cativeiro e levou-os para viver com ele e a esposa dentro de casa. Para justificar o aparecimento das crianças, o engenheiro aposentado recorreu à explicação que deu em agosto de 1984 para o desaparecimento de Elisabeth, que, segundo disse, fugiu para se unir a uma seita.
Assim, em maio de 1993, Lisa, de 9 meses, surgiu na frente da casa da família, junto com uma carta manuscrita da mãe-irmã, na qual esta explicava que já tinha tido dois bebês e que não podia tomar conta de mais um.
A mesma desculpa foi usada por Fritzl para adotar, um ano e meio depois, Monika, de 10 meses, e, em agosto de 1997, Alexander, então com 1 ano e 3 meses de vida. Outras três crianças viveram com Elisabeth sem nunca terem visto a luz do sol até que o caso de incesto e cárcere privado foi descoberto no fim de abril do ano passado.
As autoridades descobriram a crueldade de Fritzl depois que, em 16 de abril de 2008, a filha-neta mais velha dele, Kerstin,19, apareceu na casa da família inconsciente e gravemente doente. Fritzl foi encontrado com Elisabeth e interrogado por policiais. Após quase 24 anos de tortura, a filha conseguiu revelar o massacre e dois dias após a denúncia, Fritzl confessou à polícia e foi preso.
O julgamento do caso foi marcado para o dia 16 de março e o caso promoveu uma comoção mundial, sendo acompanhado por toda a imprensa. Ao longo do processo, Fritzl declarou ser um estuprador nato que havia nascido para isso.

Folha On-Line
link do postPor anjoseguerreiros, às 11:44  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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