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26.4.09
SÃO PAULO - Principal nome do PT para disputar a presidência da República em 2010 e candidata preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, está em tratamento contra um câncer linfático. Em entrevista coletiva no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo - onde vem sendo atendida - Dilma, de 61 anos, confirmou neste sábado a retirada de um linfoma na axila esquerda, e afirmou que fará quimioterapia, "assim como tantas mulheres e homens". A ministra acrescentou ter certeza de que vai superar a doença e sair "mais forte do lado de lá". Dilma já voltou a Brasília, onde descansa neste domingo. Na segunda-feira, ela acompanha Lula em uma viagem a Manaus. Adriana Vasconcelos: doença de Dilma deixa PT em estado de alerta
Segundo Dilma, o gânglio - chamado de Linfoma de Grandes Células - foi constatado em exames de rotina há cerca de um mês, e extraído numa cirurgia ambulatorial. Na última quarta-feira veio a confirmação de que o gânglio era câncer, após o resultado da biópsia. Dilma disse ter recebido dos médicos a garantia de que não precisará diminuir o ritmo de trabalho. A quimioterapia deverá durar cerca de quatro meses, e cada sessão terá aproximadamente quatro horas. A primeira delas será dentro de aproximadamente dez dias.
- Na vida, a gente enfrenta desafios. A vida é um desafio permanente. Esse é mais um desafio que estou tendo e tenho certeza que eu enfrento ele. Nós, brasileiros, somos capazes de superar obstáculos e sair inteiros do lado de lá - disse Dilma. Ao saber, Lula ficou surpreso, mas confiante na recuperação da ministra
Dilma só contou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o câncer nesta sexta-feira, já que ele se encontrava em Buenos Aires. Segundo assessores, o presidente ficou surpreso, mas confiante na recuperação da ministra.
O Planalto preferiu não se pronunciar sobre a doença da ministra, mas preocupado com a saúde de Dilma e possíveis consequências na decisão de lançá-la à sua sucessão, Lula pediu que ela desse ampla divulgação à doença para evitar especulações. No Planalto, a avaliação é de que, pelo menos durante a quimioterapia, a estratégia da pré-campanha deve sofrer mudanças, apesar de Dilma afirmar que manterá suas atividades. O PT, surpreendido, disse que os planos de ter Dilma como candidata não mudam, mas nos bastidores seus dirigentes admitem que tudo vai depender da evolução do tratamento. A oposição mostrou solidariedade.
A ministra contou que os primeiros exames não constataram outros focos de linfoma. Segundo a hematologista Yana Novis, que integra a equipe médica que cuida da ministra, o tumor tinha apenas 2,5 centímetros. Ele foi retirado em uma intervenção que durou 45 minutos, executada pelo cirurgião Riad Younes. A biópsia revelou se tratar de um linfoma agressivo (alto grau e velocidade de desenvolvimento) não-Hodgkin (LNH) do tipo B, nível 1A numa escala até 4.
Após cada sessão de quimioterapia, diz Yana, Dilma deverá ir para casa e poderá trabalhar normalmente no dia seguinte.
- Eu vou manter o mesmo ritmo que venho mantendo até porque, vocês podem perguntar para os médicos, não há nenhum incompatibilidade entre uma coisa e outra. Esse tratamento não implica que eu tenha que retrair ou deixar de comparecer à minha atividade. Pelo contrário, eu acredito até que será um fator para me impulsionar - afirmou ela.
A ministra se manteve segura durante a entrevista, mas não escondeu a dificuldade de passar por um tratamento como esse. Segundo ela, a quimioterapia foi recomendada como tratamento complementar. O tratamento pode provocar enjôos, queda da imunidade e sensação de cansaço, além da queda de cabelos. A intensidade dos sintomas depende de cada paciente.
- Atualmente, os cuidados pré-quimioterápicos atenuam muito os sintomas - disse Yana Novis.
A decisão de submeter Dilma a quimioterapia tem os objetivos de eliminar as células malignas do sangue e, eventualmente, outros gânglios que possam ter sido contaminados mas não foram detectados nos exames. Depois da quimioterapia, Dilma terá que passar periodicamente por exames para prevenir o surgimento de novos gânglios contaminados. Segundo pesquisas, a maior parte dos casos de reincidência acontece até dois anos depois do término do tratamento.
A ministra ressaltou a importância de ter se submetido a exames preventivos, pois o câncer linfático não apresenta sintomas no estágio inicial.
Dilma recebeu um cateter de longa permanência, chamado "port-a-cath", embaixo do braço para facilitar.
O oncologista Paulo Hoff, que também participou da entrevista coletiva, afirmou que um linfoma detectado em estágio inicial, como no caso de Dilma, tem chance de cura superior a 90%. Segundo ele, é possível considerar o paciente totalmente curado após o tratamento. Neste momento, segundo ele, não há evidência de sintomas na ministra.
- Me sinto perfeitamente bem. Meu objetivo é enfrentar este processo e viver minha vida de forma bastante intensa - disse a ministra, acrescentando que este é, inclusive, momento para comemorar a vida.
Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, os gânglios linfáticos estão situados no pescoço, nas axilas e na virilha. Internamente, são encontrados principalmente no tórax (mediastino) e no abdômen. As amídalas, o fígado e o baço também fazem parte do sistema linfático.
Dilma chegou ao hospital acompanhada pelo ministro Franklin Martins, da Comunicação Social. O tratamento está sendo coordenado pelo cardiologista Roberto Kalil, que também é médico do presidente Lula e do vice-presidente José Alencar.

Em 2007, diverticulite. Médicos negam qualquer relação
Em outubro de 2007, foi internada no Hospital Sírio-Libanês com quadro de diverticulite aguda (processo inflamatório no intestino grosso). De acordo com boletim divulgado à época pelo hospital, Dilma foi tratada com antibióticos e seu estado de saúde era estável, não havendo necessidade de cirurgia. Internada por dois dias, Dilma foi assistida por uma equipe de gastroenterologistas.
Dilma fora fazer exames de rotina, quando foi diagnosticado o problema. A doença é provocada pela falta de fibras na dieta alimentar. Desde então, Dilma passou a tomar mais cuidado com os hábitos alimentares, optando por saladas, queijos e carnes leves. A dieta, inclusive, a fez ficar mais magra. Neste sábado, os médicos disseram o câncer agora descoberto não tem qualquer relação com a diverticulite.


link do postPor anjoseguerreiros, às 13:54 

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