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13.4.09
Os Alvim: unidos no orgulho pela dedicação do patriarca, o médico Álvaro Alvim, que de tanto usar o raio-X perdeu mão e operava com prótese

Famílias mergulham no estudo das raízes para descobrir coisas em comum com os antepassados. Especialistas, sites e programas auxiliam a viagem no túnel do tempo

Rio - Em 1896, Álvaro Alvim usou pela primeira vez aparelho de raio X para fazer radiografia de irmãs siamesas e possibilitar a operação que as separou. Com a utilização frequente do equipamento, perdeu uma das mãos e dedos da outra. No fim da vida, operava com próteses de gancho. A contribuição do médico, que tanto orgulhou o Brasil, toca especialmente 17 pessoas no Rio: os descendentes que povoam a sua árvore genealógica.
Nunca foi tão fácil investigar as raízes de um clã. A digitalização de arquivos de cartórios, igrejas e repartições — além das facilidades da Internet — abriu caminho no túnel do tempo. O Colégio Brasileiro de Genealogia registra aumento do interesse pela pesquisa. Por mês, a página da entidade recebe quase 100 e-mails. Há três anos, eram apenas 10 mensagens no mesmo período. A entidade ensina os primeiros passos a quem quer mergulhar na História do seu sobrenome.
Mesmo 80 anos após a morte do “mártir da Ciência”, os Alvim continuam unidos. “Sempre nos encontramos em churrascos”, conta Otto Alvim Thiele, 45 anos, bisneto e encarregado de “bronzear” a carne. Otto conta que o bisavô era filho de cafeicultores em Vassouras e se casou com Laura Palha. “Meu bisavô teve de romper com a família para se casar com a filha de um abolicionista. Só reatou quando houve o surto da gripe espanhola. Ele voltou à região para socorrer a população”, relata.
Duas filhas do médico se destacaram: Mariana, uma das primeiras psicólogas brasileiras, e Laura, que dá nome à Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Lá, está atualmente em cartaz a peça ‘Casa de Laura’. “A atriz Suzanna Kruger percorre a antiga residência da família para relatar a paixão de minha tia (Laura) pela arte”, orgulha-se Beatriz Alvim Richard, 54 anos.
Especialistas no assunto “encostaram” o termo genealogia. “O nome assustava. Chamamos agora de história da família. As pessoas começam procurando laços para pedir cidadania estrangeira, mas se apaixonam e passam a estudar toda a família”, observa a genealogista Regina Cascão.
O objetivo agora é conhecer as raízes. “Antes o filtro era mais por nobreza. Mas alguns barões do tempo do império eram uma peste”, observa o presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, Carlos Barata.

Testamento garante 10 anos de missa
O engenheiro Georges Rul, 46, herdou relíquia do pai, Jean Robert Rul: livro com a história da família, documentada desde 1643, na Bélgica. “Ele começou a pesquisar aos 15 anos em Antuérpia”, conta Georges, que chegou este ano com o filho Michel, 3, para morar no Rio. “Nosso ramo pode se extinguir na Europa se um primo não tiver filho. No Brasil, meu irmão tem dois filhos e um neto. Estamos mais tranquilos”, diz. No livro, curiosidades. “Cardeal Dominique Rul destinou em testamento, em 1851, dinheiro para 36 missas ao ano, por 10 anos, que aliviariam a sua alma”, relata.

Pesquise-se

MAIS VELHOS
O primeiro passo para começar a pesquisa é conversar com os mais velhos na família. Anote histórias.

DOCUMENTOS
Localize passaporte, boletim escolar, convite de casamento e certidão. Faça cópias para armazenar as informações no computador.

CARTÓRIOS
Pesquise registros em cartórios e igrejas. Dica: vá ao site da Igreja Mórmon, que tem o maior arquivo do mundo sobre pessoas: www.familysearch.org e http://pilot.familysearch.org. Reproduz documentos dos primeiros registros civis, determinados pelo Concílio de Trento, a partir de 1560.

IMIGRANTES
O Projeto Imigrantes (http://www.projetoimigrantes.com.br) identificou 2,8 milhões de imigrantes entre 1737 e 1920. Por R$ 70, recebe-se ficha dos que vieram com o mesmo sobrenome.

“ Em sete anos, descobri mais de 4.500 pessoas”

“Na adolescência, meu sobrenome me perturbava. Crianças implicavam. Em Portugal, cascão é teimoso. Aqui, graças ao desenho, é quem não toma banho. Percebi que o nome facilitava minha identificação e fui atrás da origem. Em sete anos, levantei mais de 4.500 pessoas (na árvore) desde 1600. Sei quem sou e que meu dedo médio é igual ao do meu bisavô. Os traços se repetem.”

REGINA CASCÃO, genealogista, 60 anos

fonte:http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/4/pesquisa_sobre_arvore_genealogica_da_frutos_5780.html
link do postPor anjoseguerreiros, às 08:30 

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