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12.2.09
SÃO PAULO - A polícia de Santa Fé do Sul deve indiciar por lesão corporal dolosa, quando há intenção de ferir, a estudante acusada de ter queimado com uma mistura de tíner e creolina as calouras Priscila Muniz, grávida de 3 meses, e J.S.R., de 17 anos. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.
Segundo Priscila, a veterana que a queimou foi identificada como Layane Cristina da Silva, de 20 anos. O delegado Gervásio Fávaro deve aguardar o laudo do exame de corpo de delito para decidir se a lesão corporal será considerada leve, grave ou gravíssima.
- Ninguém sabe o paradeiro dela. Espero que, depois do inquérito, ela seja punida na faculdade - afirma.
Priscila diz que está melhor e sente menos dor, mas só retornará à faculdade se a jovem for expulsa ou se tiver a companhia de alguém que possa protegê-la de novas agressões.
As duas calouras foram submetidas a exames de corpo de delito e prestaram depoimento nesta quinta. O médico legista Damião Donizete Bermal, responsável pelo exame de Priscila, afirmou que as queimaduras foram de 1º grau ou "lesão indeterminada", porque não se sabe qual será a evolução dos ferimentos. A característica das lesões pode ser enquadrada como grave ou gravíssima. A descrição vai depender do resultado do próximo laudo, que será realizado daqui 30 dias.
A adolescente foi aprovada no curso de Letras e teve queimaduras nas costas. Assim como Priscila, também teve de ser internada, mas passa bem e teve ferimentos mais leves do que os da caloura grávida. O primeiro resultado do exame de corpo de delito será entregue à polícia ainda hoje.
Priscila foi agredida na calçada da Fundação Municipal de Educação e Cultura (Funec) em Santa Fé do Sul. A faculdade lamentou o incidente, mas afirmou que a agressão ocorreu fora da universidade e não pode ser responsabilizada por isso.
Ela teve queimaduras nas coxas, cotovelo e costas. Ela foi encaminhada para o hospital da cidade com mal estar, ardor na pele e queda de pressão. A estudante ficou internada até terça-feira.
Jovem pediu para não ser alvo de trote
Priscila conta que, por causa da gravidez, pediu aos veteranos, assim que entrou na faculdade, para não fazerem nada com ela. Mas a veterana teria dito: "Se não te pego hoje, pego amanhã". Na saída das aulas, quando passava pela catraca, a veterana atacou a caloura.
- Na hora minha vista embaçou e precisei sentar. Meu pai foi chamado e me levou ao hospital - diz Priscila, que só voltará à escola se a agressora for expulsa.
Priscila foi atendida no pronto-socorro da Santa Casa da cidade e já foi liberada. Segundo os médicos, o bebê que ela espera está bem, mas mesmo assim a estudante fará um ultrassom ainda esta semana.
Este é o segundo caso de trote violento em faculdades do interior de São Paulo. Também na segunda-feira, o calouro Bruno Ferreira, de 21 anos, entrou em coma alcoolico durante um trote na Faculdade Anhanguera, em Leme. Ferreira foi obrigado a beber pinga, rolar sobre estrume e animais mortos, além de ter sido chicoteado. Ele desistiu de cursar a faculdade.
Priscila, que ingressou no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, contou que na segunda-feira foi à faculdade para o primeiro dia de aula. Ao chegar à Funec, encontrou um grupo de veteranos, mas ao informar que estava grávida teve a entrada permitida sem ser molestada.
Na saída, por volta de 20h30m, uma aluna do curso de Pedagogia se aproximou e jogou o líquido em suas pernas e costas.
Priscila, que usava calças jeans, sentiu um cheiro forte e, em seguida, uma queimação pelo corpo.
- Aquilo fritava nas minhas pernas. Liguei para meu pai, que me pegou e levou à Santa Casa, onde tomei soro e antiinflamatórios. Os médicos disseram que o bebê está bem, mas mesmo assim vou fazer um ultrassom ainda esta semana para tirar todas as dúvidas - afirmou a estudante.
Segundo a estudante, foi registrada queixa na Delegacia da Mulher da cidade.
Estudante chicoteado reconhece dois agressores
O estudante Bruno César Ferreira reconheceu nesta quarta-feira dois de seus agressores durante trote da Faculdade Anhanguera, de Leme. De acordo com o delegado Fernando Bravo, responsável pelo caso, o estudante passou por exame de corpo de delito e , em seguida, fez o reconhecimento dos agressores.
Os nomes dos dois jovens, que seriam veteranos da Faculdade de Anhangüera, não foram divulgados.
- Eles negam qualquer participação no crime e passaram uma lista de testemunhas que poderiam confirmar a versão deles - afirmou Bravo.
Segundo o delegado, os laudos do corpo de delito vão apontar lesão corporal leve, com pena prevista de 3 meses a um ano de prisão.


link do postPor anjoseguerreiros, às 12:56 

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