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14.4.09

PORTO ALEGRE - A aposentada Flávia Costa Hahn, 60 anos, que matou o filho viciado em drogas no último domingo, em Porto Alegre, foi indiciada por por homicídio doloso (com intenção de matar) pelo delegado Celso Jaeger. O caso, agora, será analisado pelo promotor da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre. Flávia responderá o processo em liberdade e deixou na tarde desta segunda-feira a Penitenciária Feminina Madre Pelletier, para onde havia sido levada.
A aposentada foi presa em flagrante na noite de domingo após matar com um tiro no pescoço o único filho, Tobias Lee Manfred Hahn, 24 anos, usuário de drogas. Em depoimento na Área Judiciária da Polícia Civil ainda na madrugada de ontem, Flavia contou aos policiais detalhes de sua vida e do drama que estava vivendo, junto com o marido, desde que o jovem começou a usar drogas. Sobre o tiro que matou o filho, ela alegou legítima defesa.
Flavia contou que os problemas de Tobias com as drogas começaram oito anos atrás, quando ele tinha apenas 16 anos. Desde então, foram sucessivas ocorrências, brigas e furtos dentro da casa de luxo na Avenida Coronel Gomes de Carvalho, Bairro Tristeza. No domingo de Páscoa, os problemas começaram na madrugada.
Às 5h, Tobias acordou a mãe pedindo dinheiro. Como o jovem já havia vendido eletrodomésticos e até móveis, os pais não deixavam nada de valor ou dinheiro na residência. Depois de ameaçar e de chutar móveis, Tobias convenceu a mãe a ir com ele até um caixa 24 Horas na Avenida Wenceslau Escobar. Ele sumiu, levando R$ 20. Às 8h, retornou à casa e pediu o café da manhã.
Depois, exigiu mais dinheiro, ameaçando quebrar vidraças da vizinhança. Novamente, mãe e filho foram ao banco, onde ela sacou R$ 10. Por volta das 14h, o jovem reapareceu, querendo mais dinheiro. Com a negativa da mãe, quebrou um móvel da cozinha - os vidros estilhaçaram-se no chão. Depois, abriu as bocas do fogão e, com um isqueiro na mão, ameaçou explodir a residência.
Foi quando o pai de Tobias, Manfred Oto Hugo Hahn, 75 anos, apareceu, com um revólver calibre 44 na cintura, e fez com que o filho saísse de casa. Adoentado, Manfred retornou ao quarto. Minutos depois, Tobias voltou.
Desta vez, segundo Flávia contou aos policiais, o jovem teria agredido e empurrado a mãe, que caiu e cortou o braço direito nos cacos de vidro. Ela foi até o quarto e voltou com o revólver do marido. Manfred ainda tentou contê-la, e Flavia disse que a arma acabou disparando um único tiro.
Baleado no pescoço, Tobias morreu no local antes que uma equipe do Samu pudesse ajudá-lo.
Depois de sair da prisão, Flávia foi levada para a casa de amigos. Segundo o advogado da família, Ricardo Preis, ela está muito abalada.
- Ela já vinha sofrendo havia alguns anos com toda a violência do filho, que culminou nisso. Em principio, pelos fatos, não se caracteriza um homicídio doloso, e sim culposo, sem intenção de matar. Vamos discutir isso na Justiça - disse o advogado.
A última ocorrência feita por Flavia contra o filho Tobias foi no dia 11 de janeiro, na Delegacia da Mulher. Ela declarou que o filho a ameaçava e vendia até os alimentos da casa para comprar drogas. Declarou, ainda, que gostaria de internar Tobias em uma clínica, da qual ele não conseguisse escapar.
Em 2003, uma empregada da família registrou ocorrência na polícia contra o jovem, então com 19 anos. Ele a teria agredido com chutes e socos. Para conseguir dinheiro para as drogas, Tobias passou a praticar crimes. Ele respondia a quatro inquéritos por assalto e formação de quadrilha. Assinou, ainda, outros seis termos circunstanciados (espécie de inquérito para crimes de menor importância): três por posse de drogas, dois por lesões corporais e um por danos a bens alheios.
Ele completaria 25 anos no próximo domingo, quando, segundo vizinhos, os pais planejavam uma festa surpresa para tentar convencê-lo, pela sexta vez, a internar-se numa clínica contra o uso de drogas.


link do postPor anjoseguerreiros, às 09:28 

De Maria Célia a 14 de Abril de 2009 às 14:50
Verdade caro leitor, uma situação que não desejamos pra ninguém.
Se já sofria antes, imagine agora depois do que fez!!!!
A droga é pior do que qualquer doença.
Que Deus a console e a proteja.
Agradecemos seu comentário.
Maria Célia e Carmen

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