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14.2.09
cinegrafista documentando a cena do crime


ZURIQUE (SUÍÇA) - Paulo Oliveira, pai de Paula, a pernambucana de 26 anos com marcas de estilete por todo o corpo que contou ter sido agredida por três neonazistas na Suíça, disse neste sábado que o estado psicológico da filha "é grave ". Aparentando cansaço, ele afirmou que a advogada é uma vítima: ou da agressão, ou de distúrbios psicológicos.
Um dia depois de a polícia de Zurique praticamente desmontar a versão da brasileira, afirmando que tudo indica que ela se "automutilou", pela primeira vez, o pai dela evitou os ataques à polícia suíça, dizendo que não quer falar "nada".
- Ela não está em estado psicológico normal - afirmou o pai da jovem brasileira, que acrescentou. - É grave o estado psicológico dela.

Paulo Oliveira também disse neste sábado, ao Blog do Noblat, que não tinha como comprovar a gravidez da filha porque, como ela tinha se mudado para a Suíça, não sabia onde estavam os documentos que constatariam a gestação. Neste sábado, era evidente o constrangimento das autoridades brasileiras diante da repercussão do caso de Paula na Suíça. A cônsul do Brasil em Zurique, Vitória Cleaver, confirmou que está recebendo "toneladas" de e-mails de protestos de suíços, criticando autoridades e a imprensa do país por terem se precipitado, ao tomarem como fato a versão da brasileira. Ela disse que logo que o caso estourou, antes de a versão de ataque neonazista ser desmoronada pela polícia, os e-mails dos suíços ao consulado eram no sentido contrário: pedindo desculpas pelo suposto caso de um ataque xenófobo.
Quando jornalistas perguntaram se o governo vai pedir desculpas às autoridades suíças, caso fique comprovada a hipótese da automutilação, Cleaver preferiu deixar o caso para seus superiores.
- Caberá aos meus chefes (decidir isso) - afirmou a cônsul brasileira. Polícia suíça só vai falar no fim das investigações
A cônsul disse que acreditou nas primeiras declarações da brasileira.
- Ela contou a mim a história que vocês veicularam na imprensa.
Perguntada se ela não acredita mais nessa versão, ela respondeu.
- Considerando que existem duas versões circulando, há necessidade de que a família tome uma decisão de como querem encaminhar o fato, porque esta decisão é da família - disse.
A polícia de Zurique só vai voltar a se pronunciar quando as investigações se concluírem, Paula alega ter sido agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite de segunda-feira em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Ela diz que a agressão fez com que ela perdesse os filhos gêmeos que estava esperando, além de deixá-la marcada com cortes em todas as partes do corpo.
O comunicado da polícia também informa que ainda não está claro se os ferimentos no corpo da brasileira, de 26 anos, foram infligidos pelos agressores ou por ela mesma. A polícia cita exames do Instituto de Medicina Legal e do Hospital Universitário de Zurique. Imprensa suíca: 'gravidez inventada' é artifício comum no Brasil
A imprensa e o governo brasileiros foram duramente criticados no sábado pelos principais jornais suíços. O conservador "Neue Zürcher Zeitung", um dos jornais de maior prestígio na Europa, critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, por terem assumido as declarações de Paula Oliveira como fato, sem esperar as investigações.
O jornal também não poupou a imprensa brasileira, que "passou dos limites, indo especialmente longe no julgamento de supostos incidentes neonazistas e racistas da Suíça". O artigo questiona a seriedade da imprensa brasileira, quando diz que a mídia no país noticia regularmente "fatos totalmente inventados". Além de concluir que "gravidez inventada" é um artifício comum de mulheres brasileiras "para pressionar maridos e companheiros". O jornal termina o artigo sugerindo que o país é racista. Sem citar a fonte, diz que sondagens internacionais mostram que o Brasil está entre os países com maior índice de xenofobia: 72%.

Jornal diz que Lula "caranguejeou para trás".
Já o jornal gratuito "20 minutos", um dos de maior tiragem, ironiza, em título, que o presidente Lula "caranguejeou para trás", numa alusão à mudança no tom do discurso depois que a polícia suíça revelou a possível farsa. O jornal lembra as reações indignadas do governo brasileiro, quando saiu a versão de que Paula teria sofrido um ataque de neonazistas. Mas que depois amenizou o discurso. O jornalista Marcel Anderwert, da televisão de Zurique, explicou ao GLOBO que a expressão fazendo referência a um caranguejo é comumente usada pelos suíços alemães toda vez que as autoridades voltam atrás.
- Tem um toque negativo, mas é uma expressão corriqueira aqui, que não é considerada ofensiva - disse.
Já o jornal "Tages Anzeiger" disse que a imprensa brasileira - ao comprar a versão da brasileira como fato consumado - expôs "o Brasil ao ridículo ". O jornal "Le Temps", da Suíça de língua francesa, relata em detalhes num artigo intitulado "Brasil entre dúvida e raiva" como as mais altas autoridades brasileiras, entre elas, o presidente Lula, reagiram assumindo a versão da brasileira, de um ataque racista. Mas conclui que depois do anúncio dos resultados preliminares da investigação, "as autoridades brasileiras não se manifestaram mais", alegando que precisavam esperar. O artigo termina citando um leitor do GLOBO, os impulsos patrióticos que inspiraram a escalada verbal dos líderes do país e a "precipitação" da imprensa.
Até a noite de sábado, o Itamaraty não havia divulgado novo comunicado sobre a suposta agressão.
link do postPor anjoseguerreiros, às 22:03 

De Anónimo a 15 de Fevereiro de 2009 às 12:07
Aparentando cansaço, ele afirmou que a advogada é uma vítima: ou da agressão, ou de distúrbios psicológicos.

Vamos preferir ficar com a segunda opção: distúrbios psicológicos, pois só assim será levado em consideração a maior saia justa provocada entre os países e embaixadas.
Novamente, sobra para os pais a triste tarefa de tentar solucionar os enormes problemas causados por tamanha insensatez.
O que está acontecendo com o mundo que vivemos?
O que está causando e gerando tantos seres transtornados?
O mais difícil de tudo isso, é pensar que não existe um único hospital onde essa moça e tantos outros com transtornos mentais pudessem ser cuidados.

De
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