
Até então, 33 mulheres tinham prestado depoimento à polícia e ao MP acusando o especialista em reprodução assistida de abuso sexual, como tentativa de beijo de língua à força, o que, pela lei, é considerado atentado violento ao pudor. Algumas delas temem o que possa ter acontecido quando estavam sedadas, mas nenhuma disse ter conhecimento de ter sido penetrada.
A ex-paciente que mora em Minas foi a primeira a relatar ter sido vítima de estupro.
À revista, ela disse: “Eu tinha sido sedada para a aspiração dos óvulos. Estava dormindo e senti alguém me beijando. Achei que fosse meu marido e retribuí. Quando vi, era o doutor Roger”.
Contou que o médico não se satisfez com o beijo e a violentou, e ela não pôde reagir por estar ainda sob os efeitos da sedação. "É uma coisa estranha, a gente não consegue reagir. Fica acuada, envergonhada, porque dá a impressão de que permitiu a situação".
Ela já tinha conseguido com êxito uma fertilização na clínica de Abdelmassih e estava tentando um segundo filho.
E ficou abalada emocionalmente até hoje.
Abdelmassih tem evitado a imprensa. Por intermédio do advogado Adriano Salles Vanni, ele nega as acusações e se diz ser vítima de uma campanha difamatória. “Não fiz nada.”
Ele foi intimado por duas vezes a depor, mas não compareceu.
Agora, afirma que, quando tiver de ir à delegacia, para contestar as 33 denunciantes, não vai “levar uma ou duas testemunhas”, mas “um caminhão de pessoas que me conhecem. De preferência pessoas de aparência muito bonita que foram minhas clientes, para contar se por acaso eu tive qualquer comportamento indevido".
É curioso que Abdelmassih distinga entre as suas ex-pacientes as que têm “aparência muito bonita”, como se ele fosse médico de cirurgia plástica, não de fertilização em in vitro.
Aliás, o médico chama suas pacientes de “clientes”.
Previsto para terminar em fevereiro, o inquérito policial será prorrogado se continuar surgindo novas denúncias.
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link do postPor anjoseguerreiros, às 20:32  comentar