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28.12.08
RIO - O que é que eu estava fazendo mesmo? A advogada Ana Lúcia dos Santos, de 32 anos, se fazia sempre essa pergunta. Até o dia em que esqueceu de pegar uma das filhas na aula de balé. Resolveu então procurar um médico. O diagnóstico? Estresse. Segundo especialistas, o excesso de informações e tarefas diárias é um dos maiores responsáveis por falhas de memória.- Os hormônios liberados pelo estresse têm impacto direto e negativo sobre a memória. A vida moderna prejudica a memória duplamente. Na correria diária, a pessoa tem pouco tempo para se concentrar e adquirir a memória, e também tem pouco tempo para consolidá-la, o que exige um sono tranqüilo. As pessoas se preocupam muito com o que está por vir e acabam não se ocupando daquilo que está acontecendo naquele momento - explica o cientista Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINNELS).Para prevenir os lapsos de memória, os médicos recomendam manter o cérebro sempre ativo. Eles garantem que o hábito de leitura é fundamental.- O hábito de ler vai tornar a pessoa mais resistente ao estresse. Se você tem disciplina de leitura, vai ter mais capacidade de manter o foco de atenção. Mas todo mundo tem seu limite - lembra Sidarta Ribeiro.A prática de atividades intelectuais não só ajuda a manter a memória aguçada, como posterga a senilidade em idosos. Não é à toa que muitas pessoas com idade avançada conservam a mente afiada.- A leitura estimula quase todas as formas de memória ao mesmo tempo. É o maior exercício que existe. Usar a memória previne a falta de memória. As pessoas que lêem mais têm menos esquecimentos quando chegam à velhice. E, se têm Alzheimer, a doença é mais fraca e começa mais tarde. O brasileiro lê pouco, por isso, é um país sem memória - explica o neurofarmacologista Iván Izquierdo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.Em entrevista ao GLOBO ONLINE, Alberto Dell'Isola, capitão da equipe brasileira de memória, revelou as suas técnicas e deu algumas dicas para exercitar o cérebro. Atividade física e sono tranqüilo ajudam a preservar a memóriaDormir bem e manter hábitos de vida saudáveis - como praticar exercícios físicos regularmente e ter uma alimentação equilibrada - são outras medidas importantes.- A prática de atividades físicas tem função de aumentar na ramificação dos neurônios, além de ativar a circulação sangüínea - explica a neurologista Sonia Brucki, da Academia Brasileira de Neurologia.- Praticar esportes, fazer meditação, yoga, capoeira, tudo que possa servir para a pessoa se equilibrar, ajuda - completa Sindarta Ribeiro.Mas será que não tem nenhum remédio para a memória? Especialistas afirmam que o uso de medicamentos é indicado apenas para casos de doenças degenerativas, como o Alzheimer.- Não existe remédio que faça a gente lembrar mais. Existem medicações que a gente pode usar quando a memória está comprometida, como é o caso do Alzheimer. Sem uma doença específica, não existe remédio - afirma Sônia Brucki.Para dar uma mãozinha, a técnica de anotar os compromissos em uma agenda - ou num pedacinho de papel que seja - oferece bons resultados.- É um recurso fundamental. Se a sua memória está fraca, tem que usar memória auxiliar - diz Sindarta Ribeiro.
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link do postPor anjoseguerreiros, às 10:54  comentar

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colaboradores: carmen e maria celia

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