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16.3.09
Lecompte quer abrir o processo usando alegações de ex-reféns de que a mulher teve relação durante cativeiro

Ingrid não quis se encontrar com o marido no dia da libertaçãoBOGOTÁ - A franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) até julho do ano passado, pediu o divórcio do marido Juan Carlos Lecompte, sob a alegação de "separação de corpos de fato" pelos seis anos em que esteve sequestrada, diz a revista Semana, de Bogotá. A publicação afirma que Ingrid já entrou com o processo e ressalta que a legislação do país estabelece que o divórcio só pode ser solicitado quando a separação do casal completa dois anos.
A ex-senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia casou-se com Lecompte em 1997 e cinco anos depois foi sequestrada pelas Farc, que a incluíram em uma lista de reféns com fins de troca por 450 integrantes presos. Ela foi resgatada em 2 de julho de 2008, junto com três americanos e 11 policiais, em uma operação militar disfarçada das forças armadas colombianas.
Durante estes anos, o publicitário Lecompte manteve uma campanha pessoal em favor da libertação de sua mulher com ações que incluíram diversos voos sobre as florestas do leste e do sudeste do país nas quais ela estava presa. Nestes sobrevoos, Lecompte jogou milhares de mensagens e fotografias de Mélanie e Lorenzo Delloye, filhos do primeiro casamento de Ingrid com um diplomata francês.
Lecompte lamentou que Ingrid não tenha reconhecido seus esforços nem sequer no encontro que teve com ela no dia em que foi resgatada e no qual a ex-candidata presidencial assumiu diante dele uma atitude fria, presságio do rompimento, que o deixou desconcertado. A revista sustenta que o pedido foi rejeitado pelos advogados de Lecompte, que "alegam que não se tratou de uma separação voluntária, mas causada por força maior".
"Por isso estão contra-atacando com outro processo, para ele peça o divórcio, podendo apresentar como provas revelações recentes dos norte-americanos libertados", acrescenta a publicação. Segundo a Semana, testemunhos de ex-reféns sugerem uma possível relação de Ingrid com algum companheiro de cativeiro.

Em livro, ex-reféns americanos chamam Ingrid de 'arrogante'

Os três norte-americanos que foram mantidos reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) durante 5 anos escreveram suas memórias sobre a experiência. O texto faz críticas à ex-candidata à presidência colombiana, Ingrid Betancourt, com quem dividiram o cativeiro. O livro sobre os 1.967 dias como reféns dos homens que prestavam serviços para o Exército dos EUA na Colômbia é uma narrativa emocionante sobre sobrevivência, na qual descrevem a dor e a perseverança, o tempo passado na selva, as marchas forçadas sob correntes, os riscos de um ataque e o impressionante resgate.
A revelação mais bombástica de Out of Captivity (Fora do Cativeiro) trata de Ingrid, a política franco-colombiana sequestrada em 2002 enquanto fazia campanha pela presidência. Um dos empregados da Northrop Grumman alega que Ingrid era arrogante, autocentrada, roubava comida e escondia livros. Ela teria ainda colocado a vida do trio em risco, ao dizer aos guardas rebeldes que eles eram agentes da CIA.
"Eu vi ela tentar tomar o controle do campo com uma arrogância que estava fora de controle", afirmou Keith Stansell em entrevista na quarta-feira. "Alguns dos guardas nos tratavam melhor que ela". Stansell, um ex-marine de 44 anos, foi libertado junto com Ingrid e seus colegas Thomas Howes e Marc Gonsalves, além de 11 colombianos. Na ação, militares disfarçados de agentes humanitários os retiraram da selva em julho de 2008.
Ingrid não respondeu aos pedidos para rebater as críticas. Uma porta-voz dela afirmou que Ingrid está escrevendo seu próprio livro e não dará declarações até a conclusão da obra. O ex-senador Luis Eladio Pérez negou que Ingrid tenha dito aos rebeldes que os norte-americanos eram agentes da CIA. Pérez disse que não comentaria as outras afirmações contidas no livro, lançado nos Estados Unidos nesta quinta-feira pela HarperCollins.
Os outros dois norte-americanos concordam com as declarações de Stansell sobre praticamente tudo, porém não ficaram tanto tempo quanto ele convivendo com Ingrid. Os reféns disputavam o espaço para dormir, a comida e também o único dicionário inglês-espanhol.

Fonte: O Estado de São Paulo
link do postPor anjoseguerreiros, às 13:03 

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