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15.2.09
Operadora de 33 anos e filha de 14 serão mães juntas. Por ano, 32 mil adolescentes dão a luz

Rio - Aos 33 anos, Kelly Regina Lages Cardoso teve uma gravidez inesperada. Afinal, já era mãe de menina de 14 anos e de menino de 10. Quinze dias depois, receberia notícia de outra gravidez inesperada: “Alô, mãe, tenho uma surpresa: você vai ser vovó”, disse pelo telefone Tainá Letícia. As duas estão grávidas há oito meses e darão a luz na primeira semana do mês que vem. O susto de Kelly é cada vez mais comum no País. Por ano, 32 mil meninas entre 10 e 14 anos têm filho.Para o consultor do Ministério da Saúde, Marcos Ribeiro, a situação preocupa. “Só informar os riscos da gravidez na adolescência não muda comportamento. Se informa, mas não se conscientiza”, observa o sexólogo.O especialista defende clareza na discussão: “Os adolescentes começam a vida sexual cada vez mais cedo, com 12 ou 13 anos”. Ele aponta o resultado: a gravidez e os casos de Aids aumentam entre adolescentes.Kelly conversa francamente com a filha, inclusive sobre métodos contraceptivos. “Ela tomava anticoncepcional. Mas trocou o remédio e não me avisou. Na substituição, engravidou”, explica.O descuido alimenta a gravidez precoce. “Na adolescência, há o pensamento mágico de que isso não vai acontecer comigo”, pondera Marcos.A taxa de natalidade caiu de 6,2 filhos por mulher em 1940 para 2,3 em 2000. O estudo ‘Perfil das Mães Brasileiras’, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que nas últimas 3 décadas a faixa de mães entre 15 e 19 anos foi a única em que a fecundidade aumentou. Pulou de 0,07 filho por jovem em 1980 para 0,09 em 2000.Ministério da Saúde, Prefeitura do Rio e governo do Estado oferecem programas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e de controle de natalidade. “Precisamos de programas mais sistemáticos. O problema tem de ser discutido em casa com clareza e fazer parte do cotidiano”, defende Marcos, que mês que vem ministrará curso para professores no auditório de O DIA sobre Educação Sexual e prevenção na sala de aula. As inscrições ainda serão abertas. É na reflexão sobre o tema que se começa a prevenir.

FAMÍLIA TEM RENDA DE APENAS R$ 1.200 E PREVÊ DIFICULDADES
Os dois barrigões chamam atenção. “Quando vamos ao posto de saúde, o pessoal todo vem ver”, conta Kelly, que deverá ter parto natural de um menino até o dia 4, no Hospital de Acari. Já Tainá tem previsão de parto de uma menina até o dia 16. As duas fizeram o pré-natal em posto de saúde de Padre Miguel.“Filhos são uma bênção. Mas, no momento, nossas condições não são boas”, admite a mãe e futura avó.Kelly é operadora de telemarketing e o marido, cobrador de ônibus. A renda da família é de R$ 1.200. O enxoval dos bebês se resume a seis roupinhas e cinco pacotes de fraldas. “O ‘namorido’ da Tainá tem 22 anos, dá atenção, mas está desempregado. Não há planos de eles morarem juntos”, explica.Para Kelly, o diálogo evitou o pior: “Temia que minha filha fizesse aborto escondido e ficasse estéril, como algumas amigas”. “Vou amadurecer muito com o bebê”, diz Tainá, que volta a estudar após o resguardo.


fonte:http://odia.terra.com.br/rio/htm/unidas_na_gravidez_precoce_230113.asp
link do postPor anjoseguerreiros, às 15:13  comentar

De Anónimo a 15 de Fevereiro de 2009 às 17:30
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colaboradores: carmen e maria celia

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