
Eunice chegou ao Centro de Especialidades de Piracicaba, administrado pela prefeitura, por volta das 18h, para fazer sua primeira sessão de acupuntura. Havia mais de dois anos que tentava marcar a consulta para amenizar as fortes dores que sente pelo corpo. Levada por um médico a uma sala vazia, a dona-de-casa recebeu oito agulhas no pé. O médico pediu que ela aguardasse sentada até a aplicação fazer efeito. Eunice obedeceu à risca a ordem e, nem mesmo quando a porta foi fechada pelo vento, ela se movimentou da cadeira.
Passaram-se três horas e a dona-de-casa continuou esperando o médico chegar para retirar as agulhas, que já estavam incomodando. Só quando passava das 21h e o silêncio fazia-se absoluto no local, ela resolveu tomar uma atitude.
Arrastando a cadeira até a porta, ela a abriu e viu o corredor escuro, completamente vazio. Assustada, saiu pulando em um pé só até a recepção. Foi, então, que, para desespero total, descobriu que a porta estava trancada. Não havia nem mesmo um guarda no local.
Após minutos de agonia, Eunice pensou em ligar a cobrar para um sobrinho, que acionou a Guarda Civil Municipal. Por volta das 21h30m, ela foi resgatada e levada a um ponto-socorro, onde finalmente as agulhas foram retiradas.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o médico que aplicou as agulhas em Eunice reconheceu ter esquecido a paciente. Disse, ainda, que o ocorrido foi uma fatalidade e que o médico já atua no centro há mais de dez anos, sem nenhuma reclamação sobre seu trabalho. Mesmo assim, ele terá que se reunir, hoje, com o secretário da pasta, Fernando Cárdenas, para explicar o que, de fato, aconteceu.
link do postPor anjoseguerreiros, às 12:09  comentar